“Na velhice não me abandones” (cf. Sal 71.9), é o tema escolhido pelo papa Francisco para o IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, que será celebrado no domingo, 28 de julho de 2024.

Segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé, com este tema, o papa “quer sublinhar como a solidão é, infelizmente, a amarga companheira de vida de tantos idosos, muitas vezes vítimas da cultura do descarte”.

O tema do dia é retirado do Salmo 71, invocação de um idoso que conta a sua história de amizade com Deus.

Valorizando os carismas dos avós e dos idosos e a sua contribuição para a vida da Igreja, a celebração do dia “quer promover o compromisso de cada comunidade eclesial na construção de laços entre gerações e na luta contra a solidão”.

Através de um comunicado divulgado na manhã de hoje (15), o prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, cardeal Kevin Farrell, “agradeceu profundamente ao Santo Padre” pela escolha deste tema.

Segundo o cardeal, esta é “a ‘oração de um ancião’, que nos lembra que a solidão é uma realidade infelizmente difundida, que aflige muitos idosos, muitas vezes vítimas da cultura do descarte e considerados um fardo para a sociedade”.

Ele também disse que “diante desta realidade, as famílias e a comunidade eclesial são chamadas a estar na linha de frente da promoção da cultura do encontro, criando espaços de partilha e escuta, oferecendo apoio e afeto: assim se concretiza o amor do Evangelho”.

A solidão, continuou o cardeal Farrell, “é também uma condição inerente à existência humana, que se manifesta de modo particular na velhice”. “A oração do salmista é a oração de cada um de nós, a oração do coração de cada cristão que se dirige ao Pai e confia no seu conforto”, continuou.

O cardeal Kevin Farrell disse que neste ano dedicado à oração em vista do Jubileu de 2025, “a celebração da IV Jornada Mundial dos Avós e dos Idosos assume, pois, um significado ainda mais profundo e amplo. Convida-nos a construirmos, juntos – avós, netos, jovens, idosos, membros da mesma família – o ‘nós’ mais amplo da comunhão eclesial”.

“É precisamente essa familiaridade, enraizada no amor de Deus, que supera toda forma de cultura do descarte e de solidão”, disse ele.

Ele reiterou que “as nossas comunidades, com a sua ternura e com uma atenção afetuosa que não esquece os seus membros mais frágeis, são chamadas a manifestar o amor de Deus, que nunca abandona ninguém”

Por ocasião desta data, o Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida convida paróquias, dioceses, associações e comunidades eclesiais de todo o mundo a prepararem-se espiritualmente e com iniciativas pastorais para o dia.

O dicastério fez “um kit especial de preparação pastoral” que estará disponível no site www.laityfamilylife.va nos próximos meses.