O artista urbano Mauro Pallotta, conhecido por criar grafites com a imagem do papa Francisco nas ruas de Roma, foi selecionado pela Santa Sé para desenhar a imagem oficial da Quaresma deste ano.

O artista, conhecido como “Maupal”, ficou famoso em 2014 com o seu primeiro trabalho na rua, que intitulou “Super Papa”.

Durante a apresentação da mensagem do papa Francisco para a Quaresma de 2024 na manhã de hoje (1º) na Sala de Imprensa da Santa Sé, Maupal disse ser motivo de “orgulho e honra” poder representar através da sua arte “as palavras que o papa Francisco dirigiu ao mundo para o caminho quaresmal que estamos prestes a começar”.

Imagem desenhada pelo artista urbano para esta Quaresma: Papa Francisco, rodeado de pregos, transporta num carrinho de mão um saco onde se lê a palavra “Fé”. Sala de Imprensa da Santa Sé.
Imagem desenhada pelo artista urbano para esta Quaresma: Papa Francisco, rodeado de pregos, transporta num carrinho de mão um saco onde se lê a palavra “Fé”. Sala de Imprensa da Santa Sé.

O autor de “Super Papa”, que também colaborou nos últimos dois anos com projetos nas prisões de Roma, disse que trabalhar com presos “traz uma riqueza inesperada” e que com essa experiência conheceu pessoas que alcançaram “a liberdade interior, a liberdade que Deus dá”.

“Com as ilustrações para esta Quaresma, gostaria de poder apoiar o Santo Padre de uma forma simples, mas eficaz, enquanto ele nos guia na reflexão profunda com as suas palavras, e nos conduz por um caminho que pretende nos levar a abandonar as nossas escravidões, até chegar à terra prometida”, concluiu.

Mauro Pallotta e o cardeal Michael Czerny durante a coletiva de imprensa desta manhã. Daniel Ibáñez/ ACI Prensa
Mauro Pallotta e o cardeal Michael Czerny durante a coletiva de imprensa desta manhã. Daniel Ibáñez/ ACI Prensa

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Mensagem do papa Francisco

Na sua mensagem para a Quaresma de 2024, o papa Francisco destaca um aspecto essencial do ser humano: a liberdade.

Na sua mensagem, publicada sob o título “Através do deserto, Deus guia-nos para a liberdade”, Francisco disse que, para alcançar a liberdade, devemos primeiro reconhecer a “realidade” e perceber a escravidão interna.

“Deus não se cansa de nós”, disse o papa,  e convidou os católicos a acolher o tempo de preparação para a Páscoa como “o tempo forte em que a sua Palavra nos é novamente dirigida: ‘Eu sou o Senhor, teu Deus, que te fiz sair da terra do Egipto, da casa da servidão’”.

“O deserto”, disse, “é o espaço onde a nossa liberdade pode amadurecer numa decisão pessoal de não voltar a cair na escravidão”.

O papa Francisco também convidou os fiéis a viver a Quaresma com alegria e exortou-os a fazê-lo com uma coragem que leva à conversão e à fuga da escravidão. “A fé e a caridade guiam pela mão esta esperança menina”, concluiu.