"Qual espírito rege Davos?", perguntou em suas redes sociais padre Jesús Silva Castignani, da arquidiocese de Madri, Espanha. Ele questionou o pano de fundo espiritual que rege o Fórum Econômico Mundial que acontece de 15 a 19 de janeiro na Suíça.

Na quarta-feira (15), como parte de uma sessão plenária intitulada ‘Clima e natureza: é preciso uma resposta sistêmica’, a chefe Putany, da tribo Yawanawá, do Acre, fez um ritual xamânico.

Depois de fazer invocações enquanto esfregava as mãos, a representante indígena soprou nas cabeças dos participantes, entre os quais a diretora administrativa do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, o diretor executivo da IKEA, Jesper Brodin, e o bilionário André Hoffmann.

O padre Silva fez quatro perguntas sobre o que aconteceu: "a) Teria ocorrido a eles convidar um padre para fazer uma oração? b) Sabemos quais espíritos a senhora estava invocando? c) O cristianismo é obscurantista, mas os indígenas arranca-corações não eram? d) Qual espírito rege Davos?”

A apresentadora do evento justificou a presenta da chefe Putany dizendo que “para olhar para o futuro, precisamos olhar para trás e ver quais eram os desejos de nossos ancestrais”.

Antes de fazer o rito xamânico, Putany disse que "podemos unir as nossas mãos, nossos corações, nossos pensamentos na mesma direção, da cura do planeta e a cura é espiritual". "Quando todos nós unirmos nossos pensamentos e nossos corações, a nossa Mãe Terra vai nos ouvir", disse.