Com o brado de “Vida sim! Aborto não!”, católicos de Anápolis (GO) fizeram a tradicional “Marcha dos Inocentes”, na manhã de hoje (28), data em que a Igreja celebra a festa dos Santos Inocentes. Organizada pela Associação Pró-Vida de Anápolis, a marcha contou com a participação de famílias, sacerdotes, religiosos, movimentos e pastorais da diocese e bispo-auxiliar dom Dilmo Franco.

A caminhada começou às 9h, na catedral do Senhor Bom Jesus da Lapa, no centro da cidade e encerrou-se com missa na catedral celebrada por dom Dilmo Franco. A homilia da celebração foi feita pelo presidente do movimento Pró-Vida de Anápolis, padre Luiz Carlos Lodi. O sacerdote disse que “o sangue dos santos inocentes é prenúncio do sangue dos mártires que serão mortos em defesa do nome de Cristo” e ressaltou: “defender a vida não é só impedir que a criança seja morta, mas oferecer-lhe a vida sobrenatural na graça de Deus”.

Padre Lodi também disse que é necessário fornecer apoio e educação para que a prática do aborto seja prevenida. Ele citou o exemplo da Associação Filhas de Raquel, composta por mulheres arrependidas de ter feito aborto que se dedicam a ajudar outras mulheres que passam por situações semelhantes à delas.

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Segundo a diocese, a “Marcha dos Inocentes” acontece em Anápolis desde 1989, anualmente na festa dos santos inocentes, 28 de dezembro, com o objetivo de manifestar a defesa da vida desde a concepção. Ela faz parte do calendário litúrgico da diocese e foi instituída pelo então bispo da diocese, dom Manoel Pestana Filho que, inspirado na celebração da festa dos santos inocentes, queria comover a sociedade sobre a importância de preservar a vida desde sua concepção.

Em seu comunicado sobre a marcha, o bispo de Anápolis, dom João Wilk recordou que atualmente, o Brasil vive “constantemente sob a nuvem escura do perigo de aprovação do aborto” por conta da ”votação da ADPF 442”, que pretende descriminalizar o aborto a partir da 12ª semana de gestação no Brasil.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 442, foi apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) em março de 2017, no Supremo Tribunal Federal (STF). Seu julgamento ocorreu no dia 22 de setembro, no plenário virtual do Supremo com o voto favorável da ex-presidente do STF e relatora da ação, ministra Rosa Weber, mas foi suspenso com um pedido de destaque do atual presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, sem nova data para o julgamento.