A Agência Salesiana de Notícias (ANS) noticiou o assassinato do missionário salesiano padre Léopold Feyen em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), na terça-feira (12), dia de Nossa Senhora de Guadalupe.

Segundo a agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias, o padre de 82 anos foi esfaqueado em seu quarto, que fica na paróquia de Santa Maria Auxiliadora, no município de Masina.

Os salesianos dizem que o padre Feyen era conhecido como “Koko Pol” e tinha problemas de saúde. Não teve nenhum cargo de liderança, mas “supervisionava a gestão das hortas cultivadas para produção de frutas e legumes para as escolas”.

“Em tantos anos de trabalho, dedicou a sua vida aos jovens, especialmente aos mais necessitados, com o coração de Bom Pastor, tornando-se para eles, como dom Bosco, ‘pai, mestre e amigo’”, disseram.

Segundo Fides, atualmente há pouca informação sobre as circunstâncias da morte; no entanto, reportagens da mídia local sugerem que o salesiano pode ter sido vítima de um ataque de um agressor.

O padre Feyen era natural da Bélgica, foi ordenado sacerdote em 1969 e durante cerca de 40 anos serviu como missionário na RDC em várias obras salesianas para a educação dos jovens.

A violência na RDC

A República Democrática do Congo é um país que sofre há décadas com confrontos entre vários grupos armados por causa de conflitos de origem étnica, política e até religiosa. Tudo isto transformou o país numa nação com milhões de pessoas deslocadas.

No dia 31 de janeiro deste ano, dia de são João Bosco, o papa Francisco visitou a República Democrática do Congo com o objetivo de encorajar os congoleses a construir uma sociedade de paz.

Ele esteve lá até o dia três de fevereiro e pôde aprender com os testemunhos dos próprios consagrados e dos jovens a dura realidade da violência que existe neste território.

No meio desta situação, sacerdotes e religiosos continuam tentando levar esperança ao povo congolês, mesmo quando as suas próprias vidas estão em risco.