Na Audiência Geral de hoje (13), o papa Francisco concluiu o seu ciclo de catequeses sobre o zelo apostólico e a paixão pela evangelização. Ele exortou os fiéis a se sentirem chamados, como batizados, “a testemunhar e anunciar Jesus”.

Ao contrário das últimas audiências, o papa leu a sua catequese aos fiéis reunidos na Sala Paulo VI do Vaticano, sinal de que a sua saúde melhorou e já não sofre dos sintomas da gripe que tinha desde o fim de novembro e que causou inflamação pulmonar.

O papa Francisco falou sobre a passagem evangélica em que Jesus cura um surdo-mudo perto do mar da Galileia, numa zona habitada principalmente por pagãos, e para isso usa a palavra aramaica Effetá, que significa “abrir”.

Francisco disse que a mudez e a surdez na Bíblia “é também metafórico e designa o fechamento aos apelos de Deus. Há uma surdez física, mas na Bíblia quem é surdo para a Palavra de Deus é mudo, pois não comunica a Palavra de Deus”.

“Também nós, que recebemos o Effetá do Espírito no Batismo, somos chamados a abrir-nos”, disse ele.

“O cristão”, continuou o papa Francisco, “deve ser aberto à Palavra de Deus e ao serviço dos outros”, bem como à proclamação da Palavra.

“Os cristãos fechados terminam sempre mal, pois não são cristãos, mas ideólogos, ideólogos do fechamento”, disse.

Francisco exortou os fiéis a sentirem-se “todos chamados, como batizados, a testemunhar e anunciar Jesus”.

Para concluir, ele convidou os fiéis a se perguntarem: “Amo realmente o Senhor, a ponto de querer anunciá-lo? Quero ser sua testemunha ou contento-me em ser seu discípulo? Levo a sério as pessoas que encontro, levo-as até Jesus na oração? Desejo fazer algo para que a alegria do Evangelho, que transformou a minha vida, torne a deles mais bonita também?

“Pensemos nessas perguntas e sigamos adiante em nosso testemunho", concluiu.