Para estudar as formas mais adequadas de devolver o valor às figuras do padrinho e da madrinha, o bispo de Massa Carrara-Pontremoli, Itália, dom Mario Vaccari, decidiu suspender por três anos a figura do padrinho e madrinha de batismo e crisma.

Num decreto publicado no domingo (3), Vaccari disse que tomou esta decisão porque a mudança do contexto social levou as famílias a priorizar os “laços afetivos ou de convivência social” em detrimento dos pastorais na escolha do padrinho ou madrinha.

Isto, disse, reduz o papel dos padrinhos de “educar e acompanhar na vida cristã” os batizados ou crismados, relegando a instituição “a uma simples presença litúrgica”.

Também conduz a uma “contradição aberta” entre as exigências da Igreja para a escolha do padrinho ou da madrinha, para que possam cumprir as suas funções, “e as exigências das famílias”.

Por isso, disse dom Vaccari, foi decidido que a partir de 7 de janeiro de 2024 – data de entrada em vigor do decreto – está suspenso ad experimentum o ofício de padrinho ou madrinha no batismo das crianças, na crisma de adolescentes e adultos, bem como na iniciação cristã dos adultos”.

O bispo disse que durante este período as comissões de liturgia e catequese, juntamente com o serviço catecumenal e em constante ligação com o Conselho Presbiteral, verificarão o cumprimento do decreto e estudarão “possíveis novas formas de acompanhamento que restituam e recuperem o verdadeiro significado eclesial” do padrinho e da madrinha.

Dom Vaccari não é o primeiro bispo italiano a tomar uma decisão deste tipo. Em março de 2023, dom Giacomo Cirulli suspendeu por três anos a nomeação de padrinhos para as dioceses de Teano-Calvi, Alife-Caiazzo e Sessa Aurunca.

O bispo disse que era uma medida ad experimentum para recuperar a “identidade e missão” desta figura.

O arcebispo de Catânia, dom Salvatore Gristina, tomou a mesma medida em outubro de 2021.