A diocese de Petrolina (PE) comemorou seu centenário com um Ano Eucarístico Diocesano convocado pelo bispo Francisco Canindé Palhano, e uma celebração solene na Concha Acústica da cidade ao lado da catedral, celebrada pelo arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, no dia 26 de novembro, solenidade do Cristo Rei, padroeiro da diocese. Depois da celebração houve procissão Eucarística no centro de Petrolina.

A diocese de Petrolina foi criada em 30 de novembro de 1923 pelo papa Pio XI. Hoje tem 28 paróquias e dom Palhano é o oitavo bispo.

“O tempo de preparação e o ano jubilar do centenário nos convida a viver a nossa fé praticando o bem, assim como fez a Igreja desde o início e, ainda faz, nestas terras banhadas pelo Rio São Francisco” disse dom Orani em sua homilia, e ainda agradeceu “a Deus por essa história centenária iniciada por dom Antônio Maria Malan”, primeiro bispo de Petrolina e destacou: “hoje, podemos ver com clareza as maravilhas da ação da igreja que, sempre próxima ao povo de Deus, ajudou a construir e a progredir com as sementes do Evangelho esta região do sertão de pernambucano”.

Ao mesmo tempo em que agradecemos pelo passado com nossa ação de graças do ano jubilar, somos chamados a olhar com confiança para frente, o futuro”, declarou dom Orani.

Entre os dias 20 a 26 de novembro de 2023 houve uma “Semana Jubilar” pelo centenário diocesano com missas, 2º Congresso Eucarístico Diocesano, adoração ao Santíssimo Sacramento, confissões e shows. O administrador da administração apostólica pessoal são João Maria Vianney, de Campos (RJ), dom Fernando Arêas Rifan celebrou missa tradicional em latim segundo o rito anterior à reforma do Concílio Vaticano II e fez uma catequese sobre “Hermenêutica da Continuidade a partir da Eucaristia”.

Hermenêutica da continuidade é o termo cunhado pelo cardeal Joseph Ratzinger, depois papa Bento XVI, segundo a qual os documentos do Concílio Vaticano II (1963-1965) devem ser sempre interpretados em continuidade com a tradição da Igreja, e não como uma ruptura com o catolicismo de dois mil anos, como defendiam ainda antes do fim do concílio a ala mais progressista da Igreja.

O arcebispo de Brasília (DF), cardeal Paulo Cezar Costa, o secretário-geral da CNBB e bispo auxiliar de Brasília (DF), dom Ricardo Hoepers, o arcebispo de Belém (PA), dom Alberto Taveira e o bispo de Itumbiara (GO), dom José Aparecido Gonçalves de Almeida, participaram da semana.