O padre Hans Joachim Lohre, missionário alemão sequestrado há mais de um ano, foi libertado ontem (26) no Mali e voltou a seu país.

O padre, que pertence à sociedade dos Missionários de África, conhecidos como “Padres Brancos”, foi sequestrado no dia 20 de novembro de 2022 e a sua libertação foi anunciada ontem (26) por um representante do governo do Mali e dois porta-vozes da arquidiocese de Bamako “que pediram para permanecer anônimos”, segundo a Agência Fides, serviço noticioso das Pontifícias Obras Missionárias.

Embora as circunstâncias da libertação não tenham sido esclarecidas, sabe-se que a negociação realizada diretamente pelo governo da Alemanha teria sido decisiva, o que possibilitou um voo especial para transportar o missionário, natural de Hövelhof, no leste da Vestfália, para Berlim.

O missionário de 66 anos é conhecido como “Ha-Jo” e fez por mais de 30 anos uma importante missão pastoral no país africano. Lá ele foi responsável pelo Centro de Fé e Encontro Hamdallaye e deu aulas no Instituto Islâmico-Cristão de Formação (IFIC).

Segundo Fides, “no dia do sequestro, o missionário deveria celebrar a missa na comunidade de Kalaban Coura. Seu carro estava estacionado em frente à sua casa e os investigadores mais tarde encontraram o cordão com a cruz quebrada do padre ao lado de seu carro.

Embora nenhuma reivindicação tenha sido feita, fontes diplomáticas e de segurança atribuem o sequestro ao chamado Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos, ligado à Al Qaeda.

O padre Lohre é o segundo alemão libertado no Sahel em menos de um ano, depois do fim do cativeiro do trabalhador humanitário Jörg Lange, em dezembro de 2022, sequestrado em 11 de abril de 2018 no oeste do Níger, na fronteira com o Mali.

Em agosto passado, os Padres Brancos informaram a libertação de outro padre e de um seminarista presos por três semanas.