26 de out de 2025 às 00:03
A Igreja Católica celebra hoje (26) são José Gregorio Hernández, o “médico dos pobres”, que foi canonizado em 19 de outubro de 2025, na praça de São Pedro, no Vaticano, pelo papa Leão XIV. Ele alcançou a dignidade dos altares por meio de uma canonização equivalente autorizada pelo papa Francisco em 25 de fevereiro.
Uma canonização equivalente, ou equipolente, ocorre quando o papa, num exercício de sua infalibilidade, “omitindo processos e cerimônias judiciais, ordena que um certo servo de Deus seja venerado na Igreja universal”.
José Gregorio Hernández nasceu em 26 de outubro de 1864 na pequena cidade camponesa de Isnotú, estado de Trujillo, Venezuela. Sua mãe morreu quando ele tinha apenas 8 anos.
Estudou medicina em Caracas e teve tanto sucesso que o presidente venezuelano o enviou para estudar microscopia, histologia normal, patologia e fisiologia experimental em Paris, França.
Quando voltou, foi professor da Universidade Central de Caracas. Depois de levar a família para a capital, quis se tornar monge de clausura na Itália para se dedicar somente a Deus.
Em 1908, entrou para a Cartuxa da Farneta com o nome de irmão Marcelo. Mas, alguns meses depois, adoeceu e seu superior lhe ordenou que voltasse à Venezuela para se recuperar.
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Chegou a Caracas em abril de 1909 e nesse mesmo mês recebeu permissão para entrar para o Seminário Santa Rosa de Lima, mas continuou desejando a vida monástica. Voltou para Roma depois de três anos, fez alguns cursos de teologia no Colégio Pío Latino-americano, mas mais uma vez ficou doente e teve que voltar para a Venezuela.
Ele entendeu que Deus queria que ele fosse leigo e não tentou mais voltar à vida religiosa. Decidiu tornar-se um católico exemplar sendo médico, servindo ao Senhor nos doentes.
Ele dedicava duas horas por dia ao serviço dos pobres.
Perseverou nos seus princípios cristãos durante toda a vida, com grande amor à santa missa e à eucaristia. Era um homem bondoso, cheio de talentos; tocava piano e violino e gostava de dançar. Falava sete línguas e costurava suas próprias roupas.
Um dia, ao atravessar a rua para comprar remédios para uma senhora muito pobre, foi atropelado e levado a um hospital onde um padre conseguiu lhe dar a Unção dos Enfermos, antes de morrer em 29 de junho de 1919. Tinha 54 anos.
Caracas se comoveu e muitos diziam: “Morreu um santo”. Foram tantos os que compareceram ao seu velório que as autoridades tiveram que intervir para organizar a multidão que queria se despedir dele.



