A capela de Santo Amaro foi vandalizada e furtada no sábado, informou ontem (17) a diocese de Campos (RJ) em suas redes sociais. É a segunda capela da diocese que sofre vandalismo em menos de um mês.

Para o bispo de Campos, dom Roberto Francisco Ferrería Paz é preciso uma resposta mais efetiva das autoridades para “preservar o direito ao culto, a liberdade de evangelizar”.

“Os objetos levados não têm valor comercial, mas são necessários para uma comunidade que caminha com dificuldade. Queremos uma resposta enérgica de segurança e liberdade para todos”, disse o bispo.

A capela pertence a paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Custodópolis. O pároco, padre Emerson Ramos, por meio de um vídeo, relatou aos fiéis que soube do caso no período da tarde, através de uma “ministra da Eucaristia” que encontrou a capela “com a porta arrombada” e algumas coisas “foram levadas”, como castiçais, fios e lustre.

O padre disse que o “sacrário” foi violado e “a âmbula”, levada. As hóstias consagradas não foram levadas e foram deixadas dentro do sacrário.

Segundo Ramos, foi feito um boletim de ocorrência e a igreja passou por uma perícia. Um ministro recolheu o Santíssimo, porque a capela ficará fechada. “Assim que for liberada”, disse o padre, ele rezará “uma missa de desagravo”.

“Que Deus tenha misericórdia daqueles que assim têm e que nós possamos continuar firmes, confiantes na nossa fé, respeitando a todos, mas sem jamais deixar de repudiar, esse tipo de ato que é violência contra a fé cristã e contra o sagrado”, declarou o padre.

Nos últimos três anos, cerca de onze capelas na baixada campista já sofreram com vandalismo, arrombamentos e furtos. O último caso de vandalismo ocorreu no dia 30 de setembro, quando um homem de 54 anos foi flagrado jogando óleo dentro da igreja Nossa Senhora das Graças, no bairro Aeroporto, em Itaperuna, ao qual queria atear fogo. Após o flagrante, ele correu para a rua, mas foi encontrado e levado para a 143º Delegacia Legal de Itaperuna.