Hoje (6) é o dia de são Bruno, conhecido por se opor à corrupção do sagrado exercida por parte do clero. Em uma coluna no Vaticano, este santo aparece dando uma impressionante “resposta” a um anjo. Do que se trata?

A tradição diz que o alemão são Bruno (1030-1101) foi professor de Teologia em Reims, França, onde viu com dor como vários eclesiásticos caíam no pecado da simonia, que consiste em fazer negócios com sacramentos e objetos sagrados.

O bispo da região lhe deu um alto cargo. Com a morte do bispo, embora muitos esperassem que são Bruno o sucedesse, o cargo coube a um homem de má reputação, chamado Manassés. Bruno não suportou seu comportamento imoral e o denunciou aos bispos.

O papa depôs Manassés. A são Bruno foi oferecida a diocese, mas ele não aceitou por se considerar indigno de tal honra. Manassés, como vingança, fez com que sua propriedade lhe fosse tirada e seus bens queimados.

São Bruno fugiu e empreendeu uma busca especial da vontade de Deus, longe de todo poder e riqueza. Depois, com um grupo de companheiros, instalou-se numa zona chamada Cartuxa e iniciou felizmente um novo estilo de vida vocacional entre o silêncio, a oração e a solidão.

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Um de seus ex-alunos se tornou o papa Urbano II e o chamou a Roma para ser seu conselheiro. Com dor no coração o santo obedeceu, mas ficou ali apenas alguns meses e depois pediu para ir para a Calábria, no sul da Itália, onde continuou a sua missão cartuxa.

O papa quis nomear são Bruno bispo de Reggio, no norte da Itália, mas o santo renunciou humildemente a esta nomeação.

O testemunho de desapego e humildade de são Bruno foi retratado no Vaticano com uma grande estátua, que está no lado esquerdo do altar-mor da basílica de São Pedro.

Nela, o artista francês Slodtz René-Michel representou o santo cartuxo ao lado de um anjo que lhe oferece a seus pés a mitra e o báculo, ornamentos sagrados típicos de um bispo. Mas são Bruno, com o braço esquerdo levantado e os olhos fechados, permanece numa postura de rejeição da proposta do anjo.

Com o braço direito abraça alguns livros, símbolo dos Evangelhos, da regra religiosa e dos seus escritos, enquanto com a mão toca a cabeça de uma caveira, sinal de quão efémera é esta vida.