Na Audiência Geral de ontem (30), o papa Francisco lembrou que em 10 de setembro, o casal polonês de Józef Ulma e Wiktoria Ulma e seus sete filhos, mortos pelos nazistas em 1944 por esconder oito judeus em sua casa, estarão mais perto dos altares.

A novena anterior à beatificação, que começará amanhã (1º), “será uma preparação espiritual para o evento”, disse o papa.

“Que o exemplo desta família heroica, que sacrificou a vida para salvar os judeus perseguidos, os ajude a compreender que a santidade e os atos heroicos se alcançam através da fidelidade nas pequenas coisas do cotidiano”, disse o papa.

Em dezembro de 2022, o papa Francisco reconheceu o martírio do casal polonês e seus filhos, “mortos por ódio à fé em 24 de março de 1944 em Markowa, Polônia” durante a Segunda Guerra Mundial.

Na manhã de 24 de março de 1944, uma patrulha nazista cercou a casa de Józef e Wiktoria Ulma. Eles descobriram oito judeus que se refugiaram na propriedade da família Ulma e os executaram.

Depois, a polícia nazista matou Wiktoria, que estava grávida de sete meses, e Józef. Quando as crianças começaram a gritar ao ver seus pais mortos, os nazistas atiraram nelas também.  Elas tinha entre 1 ano e meio e oito anos.

Seus nomes são Maria, Antoni, Franciszek, Władysław, Barbara, Stanisława. O sétimo era um bebê em gestação que Wiktoria Ulma carregava em seu ventre.

Esses futuros beatos são conhecidos como “os samaritanos Markowa”. Eles se dedicavam à agricultura e viviam na pequena cidade polonesa de Markowa, no condado de Lancut, distrito de Rzeszow.

Em março de 2021, o postulador da causa de beatificação, padre Witold Burda, disse que no caso da família Ulma, tentou-se “mostrar que foram martirizados por causa de sua fé em Cristo, e os perseguidores, alguns soldados alemães, os privaram da vida por ódio à fé da família ou pela virtude resultante da fé, neste caso o amor ao próximo”.