“O Senhor dá a Pedro plena autoridade sobre toda a sua Igreja, que, vale dizer, será sempre a Igreja de Cristo e não a de Pedro”, disse o arcebispo de Piura, Peru, dom José Antonio Eguren, na homilia da missa dominical de ontem (27).

Dom Eguren refletiu sobre o Evangelho em que Jesus pergunta aos discípulos quem dizem que Ele é, e no qual também escolhe são Pedro como primeiro papa.

“A Igreja de Jesus Cristo será construída sobre a confissão de fé do Apóstolo. A fé que Pedro acaba de manifestar é a ‘pedra’ inquebrantável sobre a qual o Filho de Deus quer construir a sua Igreja”, disse o arcebispo de Piura, lembrando que Pedro significa pedra.

Segundo Eguren, em todo o Evangelho só a são Pedro são dirigidas estas palavras: “Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus” (Mt 16,19).

“As três alegorias ou comparações que Jesus usa são muito claras: Pedro será o alicerce de rocha sobre o qual se apoiará a construção da Igreja; terá as chaves do Reino, ou seja, a autoridade para governar a Igreja e, por fim, poderá ligar e desligar, ou seja, poderá permitir ou proibir o que julgar necessário para o bem salvífico dos cristãos e dos homens”, disse Eguren.

O arcebispo também comentou que “com esta frase do Senhor é prometido a Pedro o dom da ‘infalibilidade’ em matéria de fé e de moral, pois no Céu um erro, uma mentira ou uma falsidade não podem ser ligados ou desligados”.

Por fim, “o Senhor Jesus quis fundar uma Igreja que durasse até o fim dos tempos. Por isso afirma, ‘o poder do inferno nunca poderá vencê-la’ (Mt 16, 18)”.

Portanto, continuou dom Eguren, “a missão de Pedro, de ser a pedra fundamental e o princípio de autoridade e unidade da Igreja, deve perdurar para o bem d’Ela, nos seus sucessores, os papas”.

“Seria um absurdo que prerrogativas e funções tão importantes como ‘eu te darei as chaves do Reino dos Céus '; ‘tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus’, refiram-se apenas aos primeiros anos de vida da Igreja, e que tenham terminado com a morte do Apóstolo”, disse.

“A missão de Pedro estende-se, portanto, nos seus sucessores, nos papas; continua hoje, no papa Francisco, a quem expressamos a nossa adesão filial e as nossas orações”, disse dom Eguren.

Eguren exortou a renovar “hoje a nossa fé e o nosso amor por Cristo, pela Igreja e pelo Sucessor de Pedro, o papa Francisco. Renovemos o nosso compromisso de anunciar Jesus como único Salvador do mundo, ontem, hoje e sempre”

E sobretudo, concluiu, “renovemos a esperança de que, apesar das dificuldades que a Igreja atravessa, o poder do inferno nunca poderá vencê-la”.

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