Hoje (24) é a festa do apóstolo são Bartolomeu, também conhecido na Bíblia como Natanael. Ele recebeu dons especiais que fizeram com que os demônios sentissem terror e medo diante de sua presença.

São Bartolomeu pregou na Índia e, segundo o beato dominicano Santiago de La Vorágine, ao chegar a essa região, foi a um templo de Astaroth. Os doentes acreditavam este ídolo os curava, mas na verdade dentro da imagem havia um demônio que os enganava.

O maligno deixou de fazer seus atos e muitos doentes foram embora em busca de “melhora” em outra cidade, onde se rendia culto a Berith. Eles perguntaram a essa divindade o que estava acontecendo com Astaroth, e o demônio que habitava ali lhes respondeu que seu companheiro estava atado com correntes de fogo e em silêncio depois da chegada de Bartolomeu.

Diante da insistência dessas pessoas para saber quem era esse homem e como identificá-lo, o espírito maligno descreveu que se tratava de “um amigo do Deus todo-poderoso”, que por 26 anos tinha usado uma túnica branca com um manto branco e sandálias. Mas, nenhum desses objetos foi desgastado ou manchado.

Também disse que Bartolomeu sempre estava acompanhado por anjos “que impedem que se canse por mais que caminhe e que sinta fome ou sede”. Bartolomeu também sabia tudo o que ia acontecer, entendia todos os idiomas e naquele momento estava escutando o que estava sendo dito sobre ele.

Disse também que só encontrariam Bartolomeu se ele quisesse e lhes pediu que suplicassem a ele que não fosse a sua cidade. O demônio queria evitar ser inutilizado pelos anjos do apóstolo, como aconteceu com o outro. Os doentes foram em busca de Bartolomeu, mas não o encontraram.

Certo dia, um endemoniado repreendeu são Bartolomeu porque suas orações o atormentavam, mas o santo ordenou que se calasse e o expulsou do corpo daquela pessoa.

O rei da região ficou sabendo e pediu que o levassem a Bartolomeu. O apóstolo foi à corte e viu que a filha do rei estava acorrentada. Mandou que a soltassem dizendo que ele tinha amarrado bem o demônio que a afligia. Quando a libertaram, ela se curou.

Mais tarde, o santo presenciou o culto pagão no templo próximo ao palácio e o demônio daquele ídolo começou a dar gritos de tormento porque tinha sido atado. Bartolomeu ordenou ao maligno que fosse embora. Ele obedeceu e destruiu todos os ídolos do local.

O santo começou a rezar e todos os doentes presentes ficaram curados. Um anjo apareceu e mostrou ao povo o demônio que os tinha enganado. Era uma espécie de mostro escuro que tinha as mãos atadas nas costas com correntes de fogo.

O anjo disse ao diabo que o libertaria por ter obedecido ao apóstolo, mas que devia permanecer no deserto até o fim dos tempos. Finalmente, o espírito maligno foi embora dando gritos. O rei, sua família e todo o povo receberam o batismo.

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