O papa Francisco enviou uma carta ao patriarca emérito de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, após a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), dizendo que voltou para “Roma de coração feliz”. A JMJ aconteceu na capital portuguesa de 1º a 6 de agosto e reuniu mais de 1,5 milhão de pessoas na vigília e na missa de encerramento com o papa, no Parque Tejo.

“Regressado a Roma de coração feliz com a minha estada dos dias 2 a 6 do corrente mês nessa variegada e esperançosa comunidade patriarcal, venho agradecer a quantos a ela pertencem e nela trabalham, animando-os a caminharem com perseverança e coragem, testemunhando a todos o amor misericordioso do Pai do Céu”, escreveu Francisco.

A carta foi divulgada ontem (22) pelo patriarcado de Lisboa, mas é datada de 10 de agosto, dia em que o papa nomeou dom Rui Valério novo patriarca de Lisboa. Até então, dom Valério era bispo das Forças Armadas e de Segurança. Ele sucede o cardeal Clemente, que renunciou ao cargo após completar 75 anos.

Na carta, o papa desejou que o cardeal Clemente possa, “com a ajuda de Deus, continuar a ser memória viva da obra divina da salvação junto do seu povo e para a grande família que é a Igreja espalhada por toda a terra”.

“Abraçando as próprias fragilidades, cultive sempre a confiança de que só em Deus se encontra a nossa força”, disse Francisco.

Agradecimento da Conferência Episcopal Francesa

O patriarcado de Lisboa também divulgou ontem duas cartas de agradecimento pela JMJ do presidente da Conferência Episcopal da França, o arcebispo de Reims, dom Éric de Moulins-Beaufort: uma ao cardeal Manuel Clemente e outra ao bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023, dom Américo Aguiar.

“É um dever verdadeiramente doce expressar as felicitações e os agradecimentos dos jovens franceses que vieram à JMJ, dos seus padres e outros acompanhantes e dos seus bispos”, disse na carta ao cardeal Clemente.

Dom Éric de Moulins-Beaufort disse que os franceses, “acima de tudo”, ficaram “impressionados com a elegância e autenticidade das celebrações comuns organizadas tanto no Parque Eduardo VII como no Parque Tejo”. Ele destacou a via-sacra como “um ponto alto, tanto pela sua originalidade visual como pela sua profundidade espiritual”.

O bispo francês ressaltou ainda a “atenção com que se cumprimentaram em diferentes línguas e apresentaram ao Santo Padre não apenas os portugueses ou Portugal, mas verdadeiramente a juventude do mundo inteiro”.

Ao presidente da Fundação JMJ, dom Éric de Moulins-Beaufort disse que os dias da JMJ “foram uma graça de Deus, depois do covid e da revelação, em todas as nossas Igrejas, das violências cometidas por padres”. “Os jovens precisavam de se encontrar na confiança, na liberdade e na alegria da fé, e vocês, os portugueses, ajudaram a que isso acontecesse”, disse.

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