Hoje, 17 de agosto, faz 208 anos do batismo de são João Bosco, pai e mestre da juventude, que travou uma luta direta contra o demônio e que, graças a isso, deu alguns conselhos aos seus jovens seguidores para afugentá-lo.

Nas Memórias Biográficas, um conjunto de 20 livros em que os salesianos compilaram a vida e a obra de seu fundador com histórias contadas por ele mesmo, conta-se que o santo enfrentou o demônio em diferentes momentos.

Dom Bosco, já sendo padre e começando a sua obra pelos jovens, ao se deitar ouviu ruídos no teto, como se grandes pedras rolassem na madeira. A princípio armou armadilhas pensando que fossem ratos, mas quando subiu pela manhã encontrou tudo igual. Depois falou com são José Cafasso, seu confessor e atual padroeiro das prisões italianas.

O padre Cafasso aconselhou-o a borrifar água benta no sótão. No entanto, os ruídos diabólicos continuaram. Dom Bosco decidiu então mudar de quarto, mas também não resolveu. E, assim, ele começou a perder peso e colocar em risco sua saúde, porque não conseguia dormir bem.

A situação era tão preocupante que até sua mãe, a atual venerável Mama Margarita, entrou em seu quarto e, olhando para o teto, gritou: "Feias bestas, deixem dom Bosco em paz, acabem com isso de uma vez!"

São João Bosco mandou abrir um buraco no teto, como uma claraboia, e colocou uma escada para subir rapidamente quando ouviu o primeiro barulho. Então, quando os sons infernais começaram, o santo imediatamente subiu e se encontrou com o diabo.

Sem pensar duas vezes, ele pegou um quadro da Virgem Maria e pendurou na parede do sótão, rogando à Mãe de Deus que o livrasse dessa perturbação. Os ruídos pararam.

Dom Bosco contava que entre os ataques do inimigo que havia experimentado em sua vida estava ouvir vozes que o ensurdeciam, receber um sopro como um furacão, ver que os papéis caíam sozinhos e que o diabo bagunçava seus livros ou escondia as suas “Leituras Católicas” em outra sala.

Outras vezes, sempre antes de dormir, sentia que uma mão procurava tirar-lhe a roupa e despi-lo. Uma vez o forno pegou fogo com algumas chamas que pareciam que iam incendiar a casa.

Ele também via como a sua cama era sacudida por uma força invisível e, em uma ocasião, até viu um monstro hediondo entrar pela porta para devorá-lo.

Com toda essa experiência, dom Bosco recomendava que seus meninos fizessem bem o sinal da cruz e usassem água benta.

“Portanto, nas tentações e principalmente ao entrar na igreja, faça bem o sinal da cruz, porque o diabo espera por você lá para fazer você perder o fruto da oração. O sinal da cruz afasta o demônio por um momento: mas o sinal da cruz com água benta o afasta por muito mais tempo”, dizia.

Ele também lhes perguntava: “Quereis que vos ensine a não ter medo dele e a resistir aos seus ataques? Escutai-me. Não há nada que o diabo tema mais do que estas duas coisas: 1. A Comunhão bem feita. 2. As visitas a Jesus Sacramentado”.

“Quereis que o Senhor vos dê muitas graças? Visitai-O muitas vezes. Quereis que Ele vos dê poucas graças? Visitai-O poucas vezes. Quereis que o demônio vos assalte? Visitai raramente a Jesus Sacramentado. Quereis que o demônio fuja de vós? Visitai a Jesus muitas vezes. Quereis vencer o demônio? Refugiai-vos sempre aos pés de Jesus. Quereis ser vencidos? Deixai de visitar Jesus."

“Meus queridos, a visita a Jesus no sacramento é um meio muito necessário para derrotar o diabo. Ide, pois, visitar com frequência Jesus sacramentado e o demônio não poderá fazer nada contra vós”, ensinava o grande dom Bosco.

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