Gilles Bouhours foi um menino francês que, com cinco anos, “ajudou” o papa Pio XII a proclamar o dogma da Assunção da Virgem Maria em 1º de novembro de 1950, há 73 anos.

Na solenidade da Assunção da Mãe de Deus em corpo e alma ao céu, recordamos a história pouco conhecida de Gilles, que se tornou o "sinal" que o papa pediu à Virgem Maria para proclamar o dogma estabelecido na constituição Munificentisimus Deus.

Pio XII, que recebeu a consagração episcopal no dia da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, em 13 de maio de 1917, havia pedido à Nossa Senhora um sinal, que veio em carne e osso na pessoa de Gilles. O encontro entre o papa e o menino, diz a Enciclopédia Católica (EC), aconteceu no dia 1º de maio de 1950.

"Naquela ocasião, o menino revelou ao Santo Padre um segredo que a Mãe de Deus lhe teria comunicado em uma revelação privada para ser transmitida ao Papa: 'La Sainte Vierge n'est pas morte, Elle est montée au Ciel en corps et en âme' (A Santíssima Virgem não morreu; subiu ao céu em corpo e alma)”, diz a EC.

A EC acrescenta que depois de ter consultado muitas pessoas, a presença do menino no Vaticano “teria feito o Papa Pacelli decidir a proceder à definição dogmática, vendo nele uma expressa confirmação celestial”.

Quem foi Gilles Bouhours?

Gilles Bouhours nasceu na França em 27 de novembro de 1944, dia da Medalha Milagrosa. Antes de completar um ano de idade, ele teve meningite e encefalite. Naquela época, esse diagnóstico significaria a morte, mas o menino sobreviveu.

Madeleine, uma freira amiga da família, incentivou seus pais a colocarem uma imagem de santa Teresinha do Menino Jesus debaixo do travesseiro do menino, o que teria permitido sua cura.

Aos poucos, Gilles começou a ter uma grande afinidade com a oração e a penitência, algo incomum para uma criança.

Conta-se também que ele teria tido várias aparições de Nossa Senhora, a primeira das quais teria ocorrido em 30 de setembro de 1947.

Em 13 de dezembro de 1948, após outra aparição, Gilles disse a seu pai que tinha um "segredo" que deveria contar ao papa, o que o levou ao encontro com Pio XII em 1950.

Alguns anos depois, em 24 de fevereiro de 1960, Gilles, que já tinha 15 anos, adoeceu sem que os médicos pudessem definir um diagnóstico. Depois de receber a Unção dos Enfermos, confessar-se e receber a Comunhão, ele morreu.

Alain Guiot, escritor e professor francês, escreveu vários livros sobre Gilles Bouhours e ele defende que "a sua santidade deve ser reconhecida".

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