Christopher "Chris" Smith, congressista republicano dos EUA, pediu que o presidente Daniel Ortega apresente "provas" à comunidade internacional de que dom Rolando Álvarez está vivo e que permita que a Cruz Vermelha examine o seu estado de saúde.

Num comunicado divulgado ontem (10), Smith disse que dom Álvarez, bispo de Matagalpa injustamente preso desde fevereiro deste ano pelo regime liderado por Ortega junto com sua mulher e vice-presidente Rosario Murillo, é "um servo de Deus valente e compassivo" que “segundo relatos, continua preso injustamente no Complexo Penitenciário Jorge Navarro, chamado prisão La Modelo, conhecido por suas duras condições".

A perseguição do regime contra dom Álvarez, um duro crítico das violações dos direitos humanos na Nicarágua, intensificou-se no início de agosto de 2022, e levou Álvarez a ficar preso dentro da casa episcopal por duas semanas.

Em 19 de agosto do ano passado, os policiais que cercaram a casa episcopal entraram à força e levaram dom Álvarez a Manágua, onde o mantiveram em prisão domiciliar. Ele ficou preso até ser condenado a 26 anos de prisão por "traição à pátria" em 10 de fevereiro, e foi privado de seus "direitos de cidadão" de forma "perpétua".

No início de julho, soube-se que as negociações entre a Igreja e o governo para libertar e deportar dom Álvarez haviam fracassado.

Em seu comunicado de ontem (10), Smith disse que "como não há provas confiáveis ​​do estado de saúde do bispo ou mesmo de que esteja vivo, faço um chamado ao presidente Ortega para que proporcione provas à comunidade internacional de que o bispo Álvarez está ainda vivo e permita o acesso imediato da Cruz Vermelha para examinar sua saúde sem restrições e sem a presença de funcionários do governo ou guardas prisionais”.

Smith disse que "a segurança e o bem-estar de dom Álvarez e dos outros presos religiosos e políticos que continuam sendo perseguidos pelo regime de Ortega-Murillo é uma das principais preocupações do Congresso dos EUA e dos defensores dos direitos humanos em todo o mundo. Todos os presos religiosos e políticos devem ser libertados".

Ao final de sua mensagem, o legislador renovou seu pedido a Ortega “que me ajude a ter um encontro com dom Álvarez na Nicarágua”.

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