O papa Francisco recebeu ontem (2), na nunciatura apostólica de Lisboa, Portugal, 13 vítimas de abusos por parte de membros do clero português.

As vítimas foram “acompanhadas de alguns representantes das instituições da Igreja portuguesa encarregadas da proteção dos menores”, disse um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé.

“O encontro decorreu numa atmosfera de escuta intensa e durou mais de uma hora, terminando pouco depois das 20h15” (hora local), conclui o comunicado da Santa Sé.

Em 20 de julho, o patriarca de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, informou que efetivamente o papa se reuniria, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, de forma “privada e reservada” com um grupo de vítimas.

O cardeal disse que a decisão foi tomada para proteger "a privacidade dessas pessoas".

Em fevereiro passado, a Comissão independente para o estudo do abuso sexual de crianças na Igreja Católica em Portugal apresentou o seu relatório final, que indica que entre 1950 e 2022 houve pelo menos 4.815 vítimas. Até outubro de 2022, recebeu 564 depoimentos, dos quais 512 foram validados.

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Em mais de uma ocasião, o papa Francisco se encontrou, durante suas viagens apostólicas, com vítimas de abusos, como quando visitou o Chile e a Irlanda.

"Todos sabemos e conhecemos as estatísticas, eu não as direi, mas ainda que houvesse um só sacerdote que abusa de um menino ou uma menina, isto é monstruoso porque esse homem foi eleito por Deus para levar a criança ao Céu", disse o papa Francisco em 2018 no voo de volta dos países bálticos.

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