Um dia antes do início da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, milhares de peregrinos foram hoje (31) ao santuário de Fátima, Portugal. O brasileiro Moisés Torres, da arquidiocese de Mariana (MG), estava com um grupo de oito seminaristas que decidiu começar a JMJ com a peregrinação a Fátima.

“Começamos com Nossa Senhora porque Ela sempre nos conduz a Jesus Cristo. Temos certeza de que Ela continuará nos acompanhando nesta peregrinação”, disse Torres à ACI Digital.

“Para todos nós é a primeira vez que fazemos uma viagem internacional. Então, queríamos aproveitar o máximo essa viagem. Sabemos que daqui a pouco Portugal vai estar tomada pela juventude. Queríamos aproveitar para viver essa momento com um pouco mais de antecedência aqui em Fátima, apesar de que Fátima já está tomada de peregrinos, de romeiros, daqueles que vêm renovar seu sim junto de Nossa Senhora”, acrescentou.

Moisés Torres (segundo da direita para a esquerda) com o grupo de seminaristas e uma peregrina brasileira / Natalia Zimbrão (ACI Digital)

No recinto de oração do santuário de Fátima, havia bandeiras de diferentes países e era possível ouvir conversas e orações em diferentes idiomas.

Pamela Sanchez, 34 anos, de Assunção, Paraguai, classificou sua experiência como um sonho. “Decidi vir a Fátima porque comecei aos 18 anos na paróquia Virgem de Fátima, em Assunção. Então, é como um chamado, eu tinha que vir aqui, não podia deixar passar. Tanto que levo uma imagem dela para colocar em minha casa”, disse.

“É algo sonhado, como se a mãe me chamasse a estar aqui. Não sei com que propósito, mas sei que devo estar aqui”, acrescentou.

Manoel Policarpo, de 42 anos, de Luanda, Angola, aproveitou a JMJ para fazer uma peregrinação com um grupo de 26 pessoas. Eles passaram pelo Vaticano e Madri, Espanha, antes de seguir para Portugal. Na semana passada, viveram os Dias nas Dioceses, em Vila Real. “Saímos hoje após uma intensa vivência de pré-jornada e, ao descer para Lisboa, resolvemos dar uma parada aqui em Fátima”.

Manoel Policarpo (segundo da esquerda para a direita) com peregrinos de Angola / Natalia Zimbrão (ACI Digital)

Para ele, “Fátima é o centro mariano”. “O que adianta viver a jornada em Lisboa sem vir a Fátima?”, questionou, lembrando que o tema da JMJ Lisboa 2023 está relacionado à passagem da visitação de Nossa Senhora à sua prima Isabel: ‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’.

Manoel Policarpo contou que em seu país a “vivência da fé forte, [o catolicismo] é a maior religião de Angola. Tem uma vivência forte, com vários grupos e grande. Em números não posso dizer, mas nossas igrejas são daquelas que arrebentam de gente”, declarou.

Segundo ele, no total, há cerca de 1100 peregrinos angolanos na JMJ Lisboa 2023. “A jornada renova a nossa fé e a dos jovens”, disse. “Todos os jovens que vem [para a JMJ] pertencem a um grupo, movimento, vive a experiência e incentiva a participação nas próximas jornadas”, acrescentou.

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