Após o Ângelus de ontem (23), o papa Francisco disse que várias regiões do planeta estão passando por “ondas de calor anormais e incêndios devastadores” e exortou a “limitar as emissões poluentes”.

“Aqui e em muitos países verificam-se fenômenos climáticos extremos: por um lado, em várias regiões, há ondas de calor anormais e incêndios devastadores; por outro, em não poucos lugares, há tempestades e inundações, como aquelas que flagelaram a Coreia do Sul nos últimos dias: estou próximo de quem sofre e de quem assiste as vítimas e os desabrigados”, disse.

O papa Francisco renovou seu “apelo aos líderes das nações, a fim de que se faça algo mais concreto para limitar as emissões poluentes: é um desafio urgente e inadiável, que diz respeito a todos. Protejamos a nossa casa comum!”

Francisco também pediu para fazer o pacto geracional para salvar a vida e a Casa Comum por ocasião do III Dia Mundial dos Avós e dos Idosos que foi celebrado em todas as dioceses do mundo.

“Hoje, enquanto muitos jovens se preparam para partir para a Jornada Mundial da Juventude, celebramos o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos”, disse.

Da janela do Palácio Apostólico, o papa Francisco disse que estava acompanhado de “um neto e a avó”.

“Um aplauso aos dois! A proximidade entre as duas celebrações seja um convite a promover uma aliança entre as gerações, que é muito necessária, pois o futuro constrói-se em conjunto, na partilha de experiências e no cuidado recíproco entre jovens e idosos. Não nos esqueçamos deles. E um aplauso a todos os avôs e a todas as avós! Bem forte!", disse.

Migrantes no norte da África

O papa Francisco chamou a atenção para “o drama que os migrantes continuam vivendo no norte da África”.

“Milhares deles, num sofrimento indescritível, há semanas estão bloqueados e abandonados em áreas desérticas. Apelo, em particular aos Chefes de Estado e de Governo europeus e africanos, a fim de que prestem urgentemente socorro e assistência a estes irmãos e irmãs”, disse.

Francisco fez um apelo para que “o Mediterrâneo não volte a ser teatro de morte e de desumanidade. O Senhor ilumine a mente e o coração de todos, suscitando sentimentos de fraternidade, solidariedade e acolhimento”.

Ele convidou os fiéis e peregrinos a continuar rezando pela paz, “de modo especial pela querida Ucrânia, que continua a sofrer mortes e destruições, como infelizmente aconteceu de novo esta noite em Odessa.”.

Por fim, saudou os presentes: “Desejo bom domingo a todos e, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim. E rezemos também por esta avó e este neto, e por todos os avós e netos. Bom almoço e até à vista!", concluiu.

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