Hoje (18) é celebrado o monge santo Arsênio, que seguia os conselhos de uma voz mística. Um dia, essa voz o chamou e ele teve uma visão de três tipos de pecadores na humanidade.

Santo Arsênio viveu entre os séculos IV e V. Ele era um dignitário de alto escalão no Império Romano. Certa ocasião, enquanto rezava a Deus para que o conduzisse à santidade, ouviu uma voz mística que lhe dizia: "Fuja dos homens e sereis salvos".

Foi o que ele fez e entrou em um mosteiro. Mas, depois de se tornar monge, a voz lhe disse: "Arsênio, fuja, cale-se e fique completamente calmo na quietude de seu retiro e solidão." Assim, o santo foi morar no deserto.

O monge crescia em santidade e os fiéis viajavam de longe apenas para ouvir seus ensinamentos ou algum conselho útil.

Santo Arsênio ouviu novamente a voz mística, que lhe ordenou: "Vem, quero que vejas as obras que os homens fazem". O monge obediente foi e contemplou três cenas.

Na primeira, viu um homem cortando lenha, amarrando-a e tentando carregá-la. Mas como era muito pesada, ele cortava mais lenha, juntava com o primeiro grupo e queria levantar o fardo todo. Não conseguindo levantá-lo, cortava novamente mais lenha e juntava ao restante, mas ainda assim não conseguia atingir seu objetivo.

Então ele viu outro indivíduo tirando água de um poço e colocando em uma cisterna próxima. Mas como esse depósito tinha um furo no fundo que ligava ao poço, então toda a água que era colocada voltava imediatamente para a fonte original.

Mais tarde, ele observou dois homens que, montados a cavalo, tentavam passar uma longa viga pela porta de uma igreja, de um modo que nunca caberia. Por isso, eles próprios impediam que ela coubesse. No entanto, os homens insistiam.

Depois, a voz disse a Santo Arsênio: “Esses cavaleiros da viga representam todos aqueles que se gabam de serem justos e corretos, apesar de serem internamente cheios de arrogância, sendo inflexíveis e nunca cedendo a ninguém ou a nada. Quem assim se comportar, enquanto não mudar de atitude, será condenado a ficar fora do reino de Deus”.

Sobre o homem que cortava lenha, disse que era o exemplo daqueles pecadores que "em vez de aliviar o fardo de seus pecados com práticas de penitência, aumentam-no, repetindo-os e acrescentando iniquidades sobre iniquidades".

Por fim, descreveu que o sujeito que queria encher a cisterna com um buraco simbolizava “pessoas que fazem boas obras e más obras, sem perceber que o mérito que obtêm cada vez que fazem algo de bom é desvirtuado e anulado e suplantado pelo demérito em que incorrem quando fazem algo errado”.

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