Um grupo de padres que se conheceram no seminário formou uma banda para financiar a ida de jovens de sua arquidiocese à JMJ Lisboa 2023, que será em Portugal de 1 a 6 de agosto.

A banda “Priests in Concert” é composta por nove padres da arquidiocese de Washington: Pawel Sass, Yan Pietryga, Grzegorz Okulewicz, Mattia Cortigiani, Philip Ilg, John Benson, Salulo Vicente, Emanuel Lucero e Daniele Rebeggiani.

Todos frequentaram o seminário Redemptoris Mater em Hyattsville, Maryland, e são membros do caminho neocatecumenal, um movimento católico que envia famílias em missões ao redor do mundo e os padres de seus seminários para evangelizar.

O padre Daniele Rebeggiani, secretário da nunciatura apostólica em Washington, DC, e sacerdote arquidiocesano, falou com a CNA, agência em inglês do grupo EWTN, sobre os esforços de arrecadação de fundos do grupo e suas esperanças para a JMJ.

Rebeggiani disse que o grupo se formou no início deste ano, após um evento para jovens adultos reunir vários padres para uma noite de música. Pouco depois, os padres se preparavam para começar a arrecadar fundos para a JMJ em suas paróquias. Com o sucesso do evento musical, decidiram convidar mais padres e paroquianos para participar e fazer um show para arrecadar fundos.

Cantando canções populares como “Eye of the Tiger” e “Knocking on Heaven's Door”, os padres também incluem canções de outros países como Espanha, Itália, Polônia, México e Portugal.

Rebeggiani descreve seus shows como “uma noite de música e testemunho”.

Um concerto pode incluir a história da vocação de um padre ou um testemunho de um jovem que tenha participado de uma JMJ anterior.

Rebeggiani disse o grupo tem uma ligação próxima com a JMJ porque muitos encontraram sua vocação para o sacerdócio participando de edições anteriores.

“Eu diria que quase todos nós descobrimos nossa vocação em uma das Jornadas Mundiais da Juventude. Então, de certa forma, a Jornada Mundial da Juventude é um evento que está intimamente ligado à nossa vocação”, disse.

O próprio Rebeggiani encontrou sua vocação para o sacerdócio na JMJ de Colônia, na Alemanha, em 2005.

Nascido em Roma, Itália, Rebeggiani cresceu em uma família católica. Aos 13 anos ingressou no caminho neocatecumenal e participou de sua primeira JMJ em 1997 em Paris. Ele participou de várias outras edições depois. No entanto, quando ficou mais velho, “estava vivendo em um ambiente muito secularizado e começou a se afastar um pouco da Igreja”.

“Achei que Deus realmente não era a chave da minha felicidade e que a chave da minha felicidade seria o sucesso, principalmente o sucesso nos estudos”, explicou.

Levado pelo desejo de ser bem sucedido, Rebeggiani teve um colapso nervoso aos 21 anos, e foi quando disse que Deus “se reconectou” com ele.

Logo depois, juntou-se à sua paróquia em uma viagem a Colônia para a JMJ. Ao fazer o trabalho missionário em Estrasburgo, compartilhando a vida de Cristo com as pessoas na rua, ele recebeu imensa felicidade.

“Estávamos conversando com jovens que viviam nas ruas, nas drogas”, disse, “e estou compartilhando minha experiência com eles e vendo como um deles especialmente se abriu e falou de seu sofrimento, e ele ficou muito feliz que alguém estava estendendo a mão e falando com eles sobre o amor de Cristo por eles”.

“E me lembro de pensar naquele momento, de me sentir muito feliz, de pensar: 'Se a felicidade é falar de Cristo, dar a vida pela evangelização, é isso que eu quero fazer'”.

Rebeggiani participou do encontro vocacional na JMJ de Colônia e de lá ingressou no seminário.

Os padres arrecadaram US$ 20 mil entre ingressos e doações durante seu primeiro show. Seu próximo show é na sexta (21) na igreja St. Mary of the Mills em Laurel, Maryland, e eles esperam arrecadar mais US$ 10 mil.

Ao grupo de sacerdotes se juntarão cerca de 400 jovens da região em peregrinação à JMJ.

Ao ser questionado sobre o que espera que os jovens levem da JMJ, Rebeggiani respondeu: “Uma experiência, antes de tudo, do fato de que Deus os ama”.

“Em muitos casos, os jovens com os quais lidamos vêm de situações de sofrimento. Eles vêm com feridas”, acrescentou. “Portanto, essas peregrinações são sempre uma maneira pela qual Deus mostra a eles que sua vida tem valor – que não é como se ele fosse indiferente ao sofrimento deles, que ele se importa, que ele provê”.

“Também possibilitam que tenham uma experiência de fazer algo para Deus e experimentem a alegria de viver para Deus. E ter vontade de realmente abandonar seus planos para entrar nos planos que Deus tem porque, no meu caso, o plano que Deus tinha era muito melhor do que os planos que eu tinha, e então tenho certeza que isso é o mesmo para cada um dos jovens que irão”, complementa.

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