O secretário adjunto do Departamento de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental nos EUA, Brian Nichols, pediu ao governo da Nicarágua "a libertação incondicional" do padre Fernando Zamora Silva, do bispo Rolando Álvarez e de todos os presos políticos do país.

“Pedimos a libertação incondicional do bispo Álvarez, do padre Zamora e de todos aqueles que foram detidos injustamente por exercerem seus direitos constitucionais e humanos, incluindo a liberdade de religião ou de crença”, escreveu o embaixador em sua conta no Twitter na sexta-feira (14). “Condenamos a repressão contra as comunidades religiosas por parte do regime de Ortega-Murillo”.

O padre Fernando Zamora Silva, chanceler da diocese de Siuna, foi preso na cidade de Manágua, aonde foi em visita no dia 9 de julho último.

Segundo o ex-candidato presidencial Félix Maradiaga, a prisão aconteceu perto da paróquia de São Luiz Gonzaga, quando o padre saía “de uma missa da qual havia participado como convidado em uma celebração religiosa presidida pelo cardeal Leopoldo Brenes. Até agora, não há denúncias conhecidas ou acusações específicas contra o padre”.

Dom Rolando Álvarez Lagos, bispo de Matagalpa, foi condenado no dia 10 de fevereiro a 26 anos e quatro meses de prisão por traição à pátria. O bispo, junto com a Igreja na nicarágua, apoiou os protestos populares de 2018 contra o regime do presidente Daniel Ortega, ex-líder guerrilheiro de esquerda que soma 30 aos no poder no país. Desde então, a igreja vem sendo perseguida por Ortega.

No dia anterior ao de sua condenação, dom Rolando Álvarez se recusou a ser deportado em um grupo de 222 presos políticos que chegaram aos EUA, que foram despojados de sua nacionalidade nicaraguense pelo governo e tiveram seus bens confiscados na Nicarágua.

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