A universidade jesuíta Loyola de Chicago, EUA, oferece curso de medicina “transgênero”, que cobre até tratamento de crianças que se identificam como sendo do sexo oposto.

 

A ficha do curso do departamento de “Medicina Familiar”, propõe “ensinar estudantes o tratamento médico de pacientes LGBTQ+ baseado em evidências”.

LGBTQ+ é a sigla de “lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer e outros” adotada pela teoria de gênero. A teoria postula que a sexualidade humana independe do sexo e se manifesta em gêneros muito mais variados do que homem e mulher.

A ideia contraria a Escritura que diz, no livro do Gênesis 1, 27: “Deus criou o ser humano à sua imagem, à imagem de Deus o criou. Homem e mulher Ele os criou”, na tradução oficial da CNBB.

O Catecismo da Igreja Católica diz, no número 369: “O homem e a mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por Deus: em perfeita igualdade enquanto pessoas humanas, por um lado; mas, por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher. «Ser homem», «ser mulher» é uma realidade boa e querida por Deus: o homem e a mulher têm uma dignidade inamissível e que lhes vem imediatamente de Deus, seu Criador. O homem e a mulher são, com uma mesma dignidade, «à imagem de Deus». No seu «ser homem» e no seu «ser mulher», refletem a sabedoria e a bondade do Criador”.

No curso da universidade dos jesuítas de Chicago, porém os alunos do curso de duas semanas vão estudar “iniciação e manutenção de hormônios para pacientes transgêneros”, cuidados de saúde para “crianças/adolescentes transgêneros” e “cirurgia de confirmação de gênero”.

Os participantes do curso são incentivados a participar de sessões de observação em clínicas médicas “onde a maioria dos pacientes se identifica como LGBTQ+”.

 

Margaret Higgins, listada como contato do departamento na ficha de descrição do curso, não respondeu a um e-mail pedindo mais informações sobre o curso.

 

A pediatra Michelle Cretella, porta-voz da Associação Médica Católica e co-presidente do Conselho de Sexualidade do Colégio Americano de Pediatras, disse à CNA, agência em inglês do grupo EWTN, que “a identidade sexual da pessoa humana é masculina ou feminina”.

 

“‘Orientação sexual’ e ‘identidade de gênero’ são construções sociais usadas para fins políticos”, disse Cretella. “A história das culturas mundiais e décadas de estudos demonstram que abraçar estilos de vida sexuais diferentes de um casamento fiel e amoroso entre um homem e uma mulher leva ao sofrimento, doenças e morte tanto para indivíduos quanto para civilizações.”

 

“Fé e razão; a ciência e o ensino católico tradicional são complementares quando se trata de personalidade e saúde”, disse Cretella. “Loyola está sacrificando corpos e almas no altar do politicamente correto.”

 

Embora a crença de que um indivíduo pode “identificar” e ser considerado um membro do sexo oposto ou nenhum sexo seja um conceito relativamente novo, as autoridades da Igreja Católica se manifestaram fortemente contra muitos elementos da ideologia.

 

O papa Francisco disse em março que a ideologia de gênero é “uma das colonizações ideológicas mais perigosas”, porque “dilui as diferenças e o valor de homens e mulheres”.

 

Em maio deste ano, o arcebispo de Oklahoma City, Paul S. Coakley, escreveu em uma carta pastoral na qual diz que, embora os indivíduos que sofrem de disforia de gênero estejam sob “dor imensa”, a Igreja Católica os exorta a “aceitar o dom de seu sexo biológico” e trabalhar para “curar sua incongruência sentida mentalmente, emocionalmente, somaticamente e espiritualmente”.

 

“Peço a cada pessoa que está passando por essa confusão que confie em Jesus com sua dor”, disse o bispo na carta.

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