Papa Francisco, antes da oração do ângelus de hoje (9), enfatizou que é preciso sermos “como as crianças”, que “estão abertos a Deus e se deixam maravilhar por Suas obras”, “sabem ler os Seus sinais, maravilham-se com os milagres do Seu amor!”.

Refletindo ainda o Evangelho de Mateus 11,25-30, deste 14º domingo do tempo comum, onde Jesus diz: "Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos" (Mt 11:25), Francisco destacou as “coisas pelas quais Jesus louva o Pai” e os “pequeninos que sabem acolher” estas revelações.

“É por isso que Jesus louva o Pai, porque a sua grandeza consiste no amor e nunca age fora do amor”, disse o papa. Ele frisou que “esta grandeza no amor não é compreendida” por aqueles que pretende ser “grandes” e fazer “um deus à sua imagem: poderoso, inflexível, vingativo”.

“Em outras palavras, esses presunçosos falham em aceitar Deus como Pai; os que são cheios de si, orgulhosos, preocupados apenas com seus próprios interesses - esses são os presunçosos -, convencidos de que não precisam de ninguém. A esse respeito, Jesus cita os habitantes de três cidades ricas da época, Corazim, Betsaida e Cafarnaum, onde realizou muitas curas, mas cujos habitantes permaneceram indiferentes à sua pregação. Para eles, os milagres foram só eventos espetaculares, úteis para fazer notícia e alimentar as fofocas: terminado o interesse passageiro, os arquivaram, talvez para se ocupar de qualquer outra novidade do momento. Não souberam acolher as grandes coisas de Deus”, relatou Francisco.

Em relação aos pequeninos, o papa frisou que estes, sabem “acolher” as maravilhas de Deus, e por isso, “Jesus louva o Pai por eles: “Eu te louvo porque revelastes o Reino dos Céus aos pequeninos"”.

"Louva pelos simples, que têm o coração livre da presunção e do amor próprio. Os pequeninos são aqueles que, assim como as crianças, se sentem necessitadas e não autossuficientes, estão abertas a Deus e se deixam maravilhar pelas suas obras. Eles sabem ler os seus sinais, maravilhar-se pelos milagres do seu amor. Pergunto a cada um de vocês, e a mim também: sabemos nos maravilhar com as coisas de Deus ou as olhamos como coisas passageiras? ”, interpelou papa Francisco.

Francisco ainda lembrou que “a nossa vida é repleta de milagres, de gestos de amor e sinais da bondade de Deus”. E que “maravilhar-se”, com estes milagres “é se deixar “impressionar””. Mas o nosso coração pode estar “fechado, blindado”, incapaz de se maravilhar, de se deixar 'impressionar'. E disse: “Impressionar é um belo verbo que lembra um filme de um fotógrafo. Eis a atitude correta diante das obras de Deus: fotografar suas obras na mente, para que fiquem impressas no coração, e depois revelá-las na vida, através de muitos gestos de bem, para que a “fotografia” de Deus- o Amor, se torne cada vez mais luminoso em nós e através de nós”.

Finalizando, o papa pediu que todos se questionassem: “na enxurrada de notícias que nos invadem, como Jesus nos mostra hoje, sei me deter nas grandes coisas de Deus, nas coisas que Deus realiza? Deixo-me maravilhar como uma criança com o bem que silenciosamente muda o mundo, ou perdi a capacidade de maravilhar-me? E louvo o Pai todos os dias por suas obras?”

“Que Maria, que se alegrava no Senhor, nos faça maravilhar-nos com o seu amor e louvá-lo com simplicidade”.

 

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