O papa Francisco recebeu o ex-presidente dos EUA Bill Clinton ontem (5) numa audiência privada na Casa Santa Marta, onde o papa mora. Na delegação de Clinton estava Alex Soros, filho de George Soros e atual presidente da Open Society Foundations.

Clinton, que agora concentra seus esforços em filantropia e assuntos públicos, visitou a Albânia de 3 a 4 de julho e recebeu uma medalha de agradecimento público do primeiro-ministro do país por seu apoio à nação e pela intervenção da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) na Guerra do Kosovo, informou o site de notícias Euractiv.

Alex Soros acompanhou Clinton tanto na Albânia quanto no Vaticano. Soros é o novo presidente da Open Society Foundations, fundação filantrópica iniciada por seu pai.

O ex-presidente Bill Clinton estava com uma delegação que incluía seu genro Marc Mezvinsky; seu colega de quarto em Oxford e ex-secretário de Estado adjunto, Strobe Talbot; e Alex Soros, presidente da Open Society Foundations. Crédito: Dicastério Vaticano para a Comunicação.

O papa deu a Clinton uma estátua de uma mulher segurando uma pomba. O papa disse que representa “uma obra pela paz”.

Clinton deu ao papa Francisco “uma pequena bandeja com o símbolo dos Estados Unidos”, segundo um vídeo publicado no Twitter pelo Vatican News. O gabinete de Clinton disse à CNA,  agência de notícias em inglês da EWTN, que o presente foi uma bandeja de porcelana personalizada com o selo presidencial. O ex-presidente também escreveu uma nota pessoal ao papa.

Num e-mail enviado ontem (5), a Sala de Imprensa da Santa Sé descreveu a reunião como uma "audiência privada" com o presidente Bill Clinton e sua delegação. O e-mail continha fotos, mas nenhuma outra informação.

 

Clinton agradeceu ao papa Francisco por tudo o que ele fez pela Igreja e pelo mundo, disse o gabinete de Clinton à CNA.

Após o encontro, o papa Francisco saudou a delegação do ex-presidente dos EUA. O grupo incluía o genro de Clinton, Marc Mezvinsky, e seu ex-colega de quarto em Oxford, Strobe Talbot, que serviu como secretário adjunto de Estado no governo Clinton. O atual embaixador dos EUA junto à Santa Sé, Joe Donnelly, não participou do encontro, disse o gabinete de Clinton.

A CNA procurou comentários da Open Society Foundations, mas não recebeu uma resposta até o momento.

A Open Society Foundations e seus grupos aliados financiaram esforços para legalizar o aborto na Irlanda, Polônia, México e outros países tradicionalmente católicos. A rede Soros também financiou campanhas para mudar as prioridades políticas dos católicos americanos e aprovar uma legislação fortemente pró-aborto, incluindo uma iniciativa eleitoral em Michigan para declarar a prática um direito constitucional.

A Open Society Foundations doa mais de US$ 1,5 bilhão anualmente para várias causas nos EUA e ao redor do mundo.

Alex Soros, de 37 anos, disse ao Wall Street Journal no mês passado que é "mais político" do que seu pai e planeja se concentrar mais nos temas internos dos EUA. O direito ao voto e o aborto estão entre seus temas de interesse.

Soros também chefia um comitê de ação política alinhado com a Open Society Foundations chamado Democracy PAC, que tem cerca de US$ 125 milhões para gastar na política nacional dos EUA.

No entanto, a Open Society Foundations anunciou em 30 de junho que demitirá 40% de seus cerca de 800 funcionários em todo o mundo como parte de grandes mudanças em seu modelo operacional, segundo a CNN.

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