A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, deve ter um impacto de, pelo menos, 411 milhões de euros (mais de 2 bilhões de reais) na economia portuguesa, segundo estudo divulgado ontem (5) pela organização do evento.

A JMJ acontecerá de 1º a 6 de agosto em Lisboa, Portugal. O papa Francisco participará do evento e visitará o país de 2 a 6 de agosto.

O estudo sobre o impacto econômico da jornada foi feito pela PwC Portugal, com  o apoio técnico do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), e entregue à Fundação JMJ Lisboa 2023.

Segundo o levantamento, os dados “apontam para um impacto global estimado entre 411 a 564 milhões de euros, em termos de valor acrescentado bruto, e entre 811 a 1 100 milhões de euros, em termos de produção”.

Para o estudo foram levados em consideração os gastos de alojamento, alimentação, comércio, transportes e outras despesas dos participantes, assim como o investimento associado à organização do encontro.

A pesquisa abrange os eventos da JMJ entre os dias 1º e 6 de agosto, os Dias nas Dioceses, que acontecerão ao longo do país entre os dias 26 e 31 de julho, e as estadias adicionais para além dos dias do encontro esperadas no caso de uma parte dos participantes estrangeiros.

Segundo os organizadores da JMJ, “os impactos estimados partem de uma base conservadora”, ou seja, com valores no limite inferior do esperado, “quanto ao número de participantes, nível da despesa média diária por participante, prolongamento da estadia por parte dos peregrinos estrangeiros e investimento público associado à organização do encontro”. Por isso, acredita-se “que o impacto real deverá ficar acima do valor apresentado”.

O estudo considera que devem participar da JMJ de 795 a 1 milhão de pessoas, entre peregrinos inscritos, não inscritos, outros participantes e voluntários. O gasto médio diário deve varia entre 30 e 163 euros. E a estadia média deve ser de 2 a 11 dias.

Para o estudo, não foram contabilizados “efeitos tangíveis que deverão decorrer da aceleração dos projetos de regeneração urbana no Parque Tejo e na frente ribeirinha de Concelho de Loures, bem como de outras pequenas intervenções em recintos do encontro, que deverão gerar benefícios a vários níveis”.

Também não foram considerados “efeitos intangíveis negativos de curto prazo comuns a qualquer evento de grande dimensão, como a sobrelotação dos serviços públicos e dos estabelecimentos e o congestionamento do tráfego em algumas zonas da cidade, nem outros que deverão produzir efeitos econômicos positivos a prazo, como a promoção internacional de Portugal como destino turístico e a valorização da imagem do país”.

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