Autoridades fizeram buscas hoje (27) em prédios da arquidiocese de Colônia, Alemanha, como parte de uma investigação de perjúrio contra o arcebispo, dom Rainier cardeal Maria Woelki, de 65 anos.

Woelki enfrenta a acusação de que teria dado falso testemunho sobre estar a par de relatos de abuso sexual cometido por clérigos na arquidiocese. O cardeal Woelki teria sido informado sobre o caso de abuso por um padre que morreu em 2019 antes do que disse sob juramento.

A busca foi por documentos e e-mails da arquidiocese que possam corroborar se houve perjúrio de Woelki.

Woelki é um dos bispos alemães mais críticos ao Caminho Sinodal Alemão, processo de discussões que aprovou mudança na doutrina moral da Igreja para aceitar a homossexualidade, o fim do celibato sacerdotal, a criação de um comitê de supervisão dos bispos e a ordenação de mulheres.

As buscas foram feitas simultaneamente em seis locais às 8 da manhã por cerca de 30 policiais e quatro promotores públicos. Foram vasculhadas as dependências do vicariato geral, a residência do arcebispo e as dependências do fornecedor do serviço de TI que gerencia o tráfego de e-mail da arquidiocese de Colônia.

A assessoria de imprensa da arquidiocese confirmou as buscas. "A experiência mostra que levará algum tempo até que os resultados estejam disponíveis. Até lá, pedimos ao público que não considere uma investigação aberta como uma oportunidade para fazer julgamentos preliminares".

O escritório do promotor disse hoje em um comunicado que "neste estágio dos procedimentos, a presunção de inocência, que deve ser observada em procedimentos criminais até que haja um julgamento final, é particularmente importante".

O cardeal Woelki tem recebido intensa pressão pública a renunciar ao cargo de arcebispo de Colônia, que é a maior arquidiocese da Alemanha.

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