“Elementos”, o primeiro filme da Pixar e da Disney a apresentar um personagem “não-binário”, fracassou nas bilheterias em seu primeiro fim de semana nos EUA, onde estreou em 16 de junho. No Brasil, a estreia foi em 15 de junho.

Box Office Mojo, site que coleta números de bilheteria de filmes, diz que no primeiro fim de semana de seu lançamento, "Elementos" conseguiu arrecadar US$ 29,6 milhões em mais de 4 mil cinemas nos EUA.

Para o jornal The New York Times, o resultado do filme da Disney é "de longe a pior estreia nas três décadas da história da Pixar".

“Elementos” retrata o personagem Lake Ripple como "não-binário". A voz do personagem é da atriz Ava Kai Hauser, uma mulher de 22 anos que também se diz não binária.

“Grande anúncio. Tenho que interpretar o primeiro personagem não-binário da Pixar. Conheça Lake", disse Ava Kai Hauser em sua conta no Twitter.

Segundo a ideologia de gênero, uma pessoa que se diz "não-binária" é aquela que se percebe como tendo uma identidade que não corresponde à de um homem nem à de uma mulher.

A ideologia de gênero é uma corrente que considera que o sexo biológico não é determinante para a pessoa, mas que ela pode definir sua orientação e identidade sexual segundo as suas preferências e até contra sua natureza.

No filme, Lake Ripple é o irmão mais novo de Wade (água), outro dos personagens da história centrada na amizade entre ele e Ember (fogo), em uma cidade onde convivem os quatro elementos (água, fogo, ar e terra) com uma regra: “Os elementos não se misturam”.

O fracasso nas bilheterias de “Elementos” é maior do que o de “Lightyear”, spin-off da saga Toy Story. O filme infantil centrado na relação entre duas mulheres arrecadou US$ 51 milhões nos primeiros três dias do seu lançamento. A meta era arrecadar US$ 100 milhões.

O filme também foi proibido em 14 países por mostrar um beijo homossexual.

“As dúvidas sobre a saúde da Pixar atormentam Hollywood e os investidores desde junho passado, quando o estúdio da Disney lançou com resultados desastrosos", diz The New York Times. “Como é possível que a Pixar, referência em estúdios de animação por quase três décadas, tenha feito um filme tão ruim, principalmente sobre Buzz Lightyear, um dos personagens icônicos de Toy Story?”

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