O papa Francisco recebeu hoje (20), no Vaticano, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

A visita de cortesia do presidente cubano, que estava acompanhado de sua esposa, Lis Cuesta Pedraza, começou às 9h50 (4h50 em Brasília) e durou cerca de 40 minutos. Após a reunião com o papa, Díaz-Canel foi recebido pelo secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.

Antes da visita do presidente ao Vaticano, cidadãos cubanos se manifestaram na Via della Conciliazione, a rua que leva à basílica de São Pedro.

Os manifestantes carregavam uma faixa com os dizeres: "Respeito aos direitos do povo cubano".

A Santa Sé informou que, durante a breve conversa, eles falaram sobre a importância das relações diplomáticas entre a Santa Sé e Cuba, "evocando também a histórica visita de são João Paulo II em 1998, da qual se recorda o 25º aniversário".

Também falaram sobre a situação do país "e da contribuição que a Igreja oferece, especialmente nos setores da caridade". Eles também discutiram alguns temas internacionais de interesse mútuo "e sublinharam a importância de manter o compromisso de sempre promover o bem comum".

O presidente presenteou o papa Francisco com uma escultura de prata e bronze intitulada "El lector" (O leitor) e dois livros de poetas cubanos: "Las miradas perdidas" (Os olhares perdidos), escrito por Fina García Marruz, e "La luz del imposible" (A luz do impossível), de Cintio Vitier.

O papa Francisco deu ao presidente cubano uma estátua em bronze que representa uma pomba carregando um ramo de oliveira, com a inscrição "Sejam mensageiros da paz".

Ele também o presenteou com a Mensagem para a Paz deste ano, o documento sobre a fraternidade humana e o livro sobre a Statio Orbis de 27 de março de 2020.

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Díaz-Canel, terceiro mandatário comunista da ilha, depois dos irmãos Fidel e Raúl Castro, também se reunirá com o presidente italiano Sergio Mattarella e a primeira-ministra Giorgia Meloni.

Em seguida, viajará para a França para participar, junto com outros líderes, da cúpula mundial promovida pelo presidente francês Emmanuel Macron para elaborar um "Novo Pacto Financeiro Internacional".

Em 11 de julho de 2021, após mais de seis décadas de opressão pela ditadura comunista de Fidel Castro em Cuba, multidões de cubanos se manifestaram nas ruas de todo o país, exigindo uma mudança de regime.

Díaz-Canel respondeu às manifestações com repressão violenta, agredindo os manifestantes e prendendo presos políticos.

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