“A violência sexual utilizada como arma de guerra é infelizmente uma realidade difundida. É preciso denunciar este crime vergonhoso e jamais nos cansar de dizer não à guerra, não à violência”, escreveu o papa Francisco num tuíte publicado hoje (19).

 

Num segundo tuíte, o papa se dirige aos sobreviventes das violências sexuais em conflitos e a cada pessoa ferida por esta tragédia: “enquanto os violentos os tratam como objetos, o Senhor enxerga sua dignidade e repete: "Tu és precioso aos meus olhos, porque eu te aprecio e te amo" (Is 43, 4)”.

 

O papa Francisco condenou este ato depois que a Organização das Nações Unidas (ONU) denunciou os estupros em massa de mulheres que opõe o Exército e as milícia Forças de Apoio Rápido (FAR) no Sudão desde abril.

Segundo a agência AFP, a maioria das sobreviventes diz ter sido estuprada por homens das FAR, especialmente em Cartum e na região de Darfur.

O termo "violência sexual relacionada a conflitos" refere-se, segundo um relatório da ONU, a "estupro, escravidão sexual, prostituição forçada, gravidez forçada, aborto forçado, esterilização forçada, casamento forçado e qualquer outra forma de violência de gravidade comparável relacionada (diretamente ou indiretamente) a um conflito”.

Um relatório do Conselho de Segurança da ONU publicado em 2021 diz que a crescente desigualdade, o deslocamento devido a guerras, o aumento da militarização, a redução do espaço cívico e a circulação ilícita de armas agravam a violência sexual generalizada.

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