Na próxima terça-feira (20) o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, fará uma visita de cortesia ao papa Francisco no Vaticano.

O encontro foi confirmado hoje (16), depois que o papa recebeu alta do Hospital Gemelli, em Roma, onde estava internado desde 7 de junho para uma cirurgia abdominal.

Na próxima quarta-feira (21) o papa receberá o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, com quem já se encontrou em ocasiões anteriores e com quem conversou por telefone no dia 1º de junho.

Díaz-Canel se encontrará com o papa na manhã da próxima terça-feira e depois se encontrará no Quirinale com o presidente italiano, Sergio Mattarella, e a primeira-ministra, Giorgia Meloni.

As audiências do papa da próxima semana foram confirmadas, exceto a audiência geral da próxima quarta-feira.

Por causa do delicado estado de saúde do papa Francisco, espera-se que a visita de Díaz-Canel, que comparecerá com sua esposa Lis Cuesta Peraza, seja de curta duração e sem protocolo.

Ele também estará acompanhado do ministro das Relações Exteriores, Bruno Rodríguez Parrilla. Após o breve encontro com o papa, o presidente cubano se reunirá com o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin.

Depois de passar pela capital italiana, ele vai para a França para participar junto com outros líderes da cúpula mundial promovida pelo presidente francês, Emmanuel Macron, para a elaboração de um "Novo Pacto Financeiro Internacional"

Miguel Díaz-Canel foi reeleito presidente de Cuba em 19 de abril deste ano para aquele que será seu segundo e último mandato. Desde 2021 ele é primeiro-secretário do Partido Comunista.

Seu predecessor Raúl Castro se encontrou com o papa Francisco em três ocasiões: em maio de 2015 no Vaticano e em Havana, capital de Cuba, em setembro de 2015 e em fevereiro de 2016, onde também teve um encontro histórico com o patriarca ortodoxo Kirill de Moscou e toda a Rússia.

Fidel Castro teve dois encontros com João Paulo II, em 1996 no Vaticano e em 1998 em Havana. Ele também visitou Bento XVI em 2012 e se encontrou com o papa Francisco em 2015.

Em 11 de julho de 2021, após mais de seis décadas de opressão pela ditadura comunista instaurada por Fidel Castro em Cuba, multidões de cubanos saíram às ruas de todo o país, exigindo a mudança de regime.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, respondeu às manifestações com repressão violenta, agredindo os manifestantes e prendendo presos políticos.

Em 27 de abril, os bispos cubanos tiveram um encontro com o presidente, onde apresentaram ao governo comunista “seus critérios e visão da realidade que o povo cubano está vivendo”.

Em fevereiro, durante sua visita a Cuba para comemorar os 25 anos da viagem apostólica de são João Paulo II, o cardeal Beniamino Stella disse à imprensa que o papa Francisco deseja muito a libertação dos jovens detidos durante os protestos.

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