A plataforma internacional CitizenGO recolheu mais de 125 mil assinaturas contra as primeiras noites de "orgulho gay" que serão celebradas nos parques de diversões da Disney na Califórnia, EUA, e Paris, França.

"A noite do 'orgulho gay' na Disney parece promover uma agenda LGBT que contradiz abertamente o que queremos para nossa família", diz a petição divulgada na sexta-feira (2).

Para o mês do chamado "orgulho gay", a Disney, que oferece entretenimento para crianças, anunciou que fará desfiles LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer, intersex, assexuais e outros) nos dias 13 e 15 de junho nos EUA e 17 de junho na França.

Segundo o seu site oficial, é permitida a entrada de crianças a partir de três anos de idade.

A petição da CitizenGO dirigiu-se aos CEOs de empresas como Mattel, Marriott, Walmart, Airbnb e UPS, pedindo que "reavaliem a sua parceria com a Disney".

“Ao pedir contas aos anunciantes da Disney, esperamos lembrá-los de que o sucesso de uma empresa não se baseia só nos lucros, mas também no respeito aos valores de seus consumidores”, diz a petição.

A petição busca "exortar a Disney a reorientar seus valores" e "continuar a ser uma fábrica de sonhos para crianças, não uma plataforma para agendas políticas ou sociais".

Silvina Spataro, gerente da CitizenGO na América Latina, disse ontem (8) à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, que considera "muito importante que a Disney ouça os pais para que respeitem o direito que temos de educar nossos filhos de acordo com nossos valores".

“A Disney há muito vem corrompendo a inocência das crianças por meio da doutrinação em suas séries e filmes infantis. A realização de uma 'noite do orgulho gay' em seus parques já é a gota d'água. Não podemos permitir!", disse.

Somente em 2022, a Disney se envolveu em duas polêmicas pelo lançamento de dois filmes de animação: "Lightyear", spin-off da saga Toy Story, e "Strange World" (Um mundo estranho). O primeiro apresentava um beijo lésbico e o segundo o primeiro romance adolescente gay em um filme infantil.

Em meio à rejeição de milhares de pais ao redor do mundo, os dois filmes foram um fracasso de bilheteria.

Spataro lamentou que “há muitas famílias que ainda não se deram conta desta imposição ideológica e dos perigos que ela acarreta” e, por isso, disse que “é tão importante assinar esta petição, divulgá-la e alertar outras famílias”.

A gerente da CitizenGO na América Latina anunciou que um grupo de ativistas pró-família estará presente no Disneyland Park em Anaheim "para levar pessoalmente a mensagem de centenas de milhares de famílias que se cansaram da doutrinação LGBT".

A crise econômica na Disney

A empresa tem perdido dinheiro em diferentes áreas de negócio, principalmente no streaming com a sua plataforma Disney+, que sofreu um prejuízo de 1,5 bilhões de dólares, segundo a Reuters, apenas no quarto trimestre de 2022.

Em 24 de abril, demitiu 7 mil funcionários como parte de um plano de contenção de despesas de cerca de US$ 5,5 bilhões, informou a Reuters.

Há pouco mais de duas semanas, em 23 de maio, a empresa demitiu outros 75 funcionários da Pixar, o maior estúdio de animação da Disney. Entre os trabalhadores dispensados ​​estavam Angus MacLane e Galyn Susman, diretor e produtora de "Lightyear".

Segundo a CitizenGO, "as crescentes medidas da Disney para promover o conteúdo LGBT estão começando a afetar seus resultados".

“Vimos como sua renda e o valor de suas ações foram prejudicados à medida que famílias de todo o mundo expressam seu descontentamento”, disse.

CitizenGO disse que as preocupações dos pais foram levantadas "nas reuniões de acionistas e, embora inicialmente foram menosprezados, agora eles têm que admitir que não gostam da polêmica".

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“As recentes dificuldades financeiras da Disney podem ser um alerta. Com o declínio do público nos parques, filmes carregados de críticas e valores de ações em baixa e em seu ponto mais baixo em anos, a Disney pode começar a pensar novamente", acrescentou.

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