A Igreja Católica na Espanha apresentou o relatório "Para dar luz", que registra 927 denúncias de supostos abusos sexuais contra menores de 18 anos ou pessoas vulneráveis ​​que teriam ocorrido de meados dos anos 1940 até 2022.

O relatório não inclui situações de abuso de consciência e poder ou cometidas contra adultos.

O relatório “está elaborado a partir dos testemunhos que foram recolhidos nos escritórios [de proteção de menores e prevenção de abusos], sem assumir ou provar inocência ou culpa”.

A Conferência Episcopal Espanhola (CEE) também reconhece que no relato apresentado “é possível que existam algumas duplicações de testemunhos”.

As denúncias apontam para 728 supostos perpetradores. Entre eles, identificam-se 170 padres diocesanos e 208 religiosos ordenados, 234 religiosos não ordenados e religiosas, um diácono, 92 leigos e 23 pessoas cuja condição é desconhecida.

Segundo dados fornecidos pela CEE, a maioria dos denunciados são homens (99,40%), que teriam cometido em mais de 8 de cada 10 casos conduta abusiva de tipo homossexual.

O relatório também diz que 63% dos abusadores ainda estariam vivos.

O relatório "Para dar luz" diz que 80% dos casos teriam ocorrido antes de 1990 e que 7 em cada 10 teriam ocorrido no século XX. A década de 1970 foi a que mais registros teve neste sentido.

Quase metade dos abusos denunciados (46,96%) teria acontecido no ambiente escolar e pouco mais de 15% no ambiente paroquial. Em cifra semelhante (14,57%) “os testemunhos apontam para seminários, internatos ou coros”.

A CEE diz que a Igreja na Espanha tem 202 escritórios abertos preparados para receber denúncias desse tipo, dos quais 53 são diocesanos, 4 interdiocesanos e 3 são lugares de acolhimento. Além disso, 121 congregações religiosas lançaram 142 estabelecimentos deste tipo.

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