O papa Francisco recebeu o arcebispo Georg Gänswein, secretário pessoal do papa Bento XVI, em audiência privada hoje (19). O conteúdo das conversas em audiências privadas do papa usualmente não é revelado.

"O Santo Padre Francisco recebeu na manhã de hoje em audiência S.E. dom Georg Gänswein, arcebispo titular de Urbisaglia, prefeito da Casa Pontifícia", informou a sala de imprensa da Santa Sé, sem dar mais detalhes sobre o encontro.

É a terceira vez que o papa recebe o secretário de Bento XVI este ano. A reunião anterior foi em 4 de março, e como nesta ocasião, também não foram divulgados os detalhes do encontro. A primeira audiência, em 9 de janeiro, ocorreu apenas quatro dias após o funeral de Bento XVI.

Dom Gänswein, de 66 anos, e cujo futuro ainda não foi determinado, foi protagonista de várias manchetes nos meios de comunicação após a publicação de suas memórias em 12 de janeiro, no livro “Nada mais do que a verdade. Minha vida com Bento XVI”. No livro, ele conta detalhes desconhecidos sobre o pontificado de Joseph Ratzinger.

Nos últimos meses, o arcebispo alemão tem estado ocupado como executor testamentário de Bento XVI.

Depois de uma nota publicada em março em um meio de comunicação espanhol que dizia que o papa Francisco nomearia dom Georg Gänswein como o novo núncio apostólico na Costa Rica, fontes da Santa Sé disseram ao Grupo ACI que isso "na melhor das hipóteses é especulação".

O jornal romano "Il Messaggero" publicou ontem (18), que antes do final do mês o arcebispo alemão saberá onde será colocado. Segundo a agência de notícias católica alemã KNA, o próprio dom Gänswein comentou no final de abril, num ato público em Viena, Áustria, que esperava uma decisão sobre seu novo cargo até Pentecostes.

Alguns dias atrás, dom Gänswein, quando perguntado se imaginava para si um papel futuro como bispo na Alemanha, respondeu: “Não sou eu que decido, isso depende do papa”. Atualmente, há três dioceses vacantes nesse país: Bamberg, Paderborn e Osnabrueck.

Nos últimos casos, os secretários dos papas que morreram, de Loris Capovilla (de são João XXIII) a Pasquale Macchi (de são Paulo VI) e Stanislao Dziwisz (de são João Paulo II), voltaram às suas dioceses de origem.

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