A Santa Sé cria um Observatório de aparições e fenômenos místicos ligados à Virgem Maria para estudar os diversos casos cuja autenticidade ainda não foi aprovada pela Igreja.

A Pontifícia Academia Mariana Internationalis (PAMI) criou este observatório com o objetivo de interpretar não apenas as aparições marianas, mas também lacrimações, locuções interiores, estigmas e outros fenômenos místicos do passado e do presente que ainda aguardam uma resposta da autoridade eclesiástica.

Em comunicado de imprensa, o presidente da PAMI, o padre Stefano Cecchin, diz que "o objetivo é dar apoio concreto ao estudo, autenticação e divulgação correta de tais eventos, sempre em harmonia com o magistério eclesiástico, as autoridades competentes e as normas em vigor pela Santa Sé sobre o assunto”.

Stefano Cecchin disse que o observatório “operará de forma sistemática, estratégica, multidisciplinar e qualificada, também em colaboração com especialistas e pesquisadores, personalidades de alto nível no campo científico e autoridades eclesiásticas”.

Ele também esclareceu que esses fenômenos costumam causar confusão e, portanto, "é importante dar apoio ao treinamento, pois lidar com certos casos requer uma preparação adequada".

O observatório é formado por um Comitê Diretor e um Comitê Científico Central e iniciou oficialmente suas atividades com uma primeira reunião no sábado (15), na sede do PAMI em Roma, onde funcionará rotineiramente.

"O objetivo do Observatório é agir com eficiência e capilaridade, ativar comissões nacionais e internacionais para avaliar e estudar aparições e fenômenos místicos relatados em várias áreas do mundo, para promover atividades de atualização e treinamento sobre esses tipos de eventos e seus múltiplos significados espirituais e culturais", disse Cecchin.

O observatório também visa promover atividades de divulgação e consultoria de alto nível, especialmente a serviço das Igrejas locais e dos bispos, “mas também atividades de pesquisa transdisciplinar em conjunto com instituições acadêmicas, tanto leigas como eclesiásticas, e a publicação dos resultados da pesquisa realizada”.

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