A Catholic Relief Services (CRS), agência internacional católica de ajuda humanitária nos EUA, informou que no Domingo de Páscoa (9), dois de seus funcionários foram mortos na Etiópia.

Num comunicado divulgado na segunda-feira (9), a agência, que atende os mais necessitados em mais de 100 países, disse que estava "devastada em relatar a perda" de seus funcionários Chuol Tongyik, de 37 anos, administrador de segurança, e Amare Kindeya, de 43 anos, motorista.

O texto diz que os dois trabalhadores foram baleados quando estavam a bordo de um veículo da CRS na região de Amhara, quando voltavam de uma missão em Adis Abeba, na Etiópia. "Os detalhes da morte ainda são desconhecidos", disse o comunicado.

Zemede Zewdie, representante do CRS na Etiópia, disse: “É difícil avaliar a profundidade de nosso choque e tristeza. Estamos tristes com essa violência sem sentido”.

"Expressamos nossas mais profundas condolências às famílias de Chuol e Amare e esperamos que encontrem forças neste momento trágico", acrescentou.

Zewdie também disse que “CRS reitera seu compromisso de continuar trabalhando pelo povo da Etiópia”.

Segundo a agência de notícias Reuters, há intensas manifestações de protesto no país por parte na região de Amhara devido à decisão do governo federal de dissolver as unidades de forças especiais regionais.

Com a decisão, tomada na quinta-feira (6), as unidades das 11 regiões etíopes devem ser integradas à polícia ou ao Exército etíope.

Para os opositores, a dissolução das unidades em Amhara a deixaria fraca diante de ataques da região vizinhas do Tigré, cujos líderes, separatistas concordaram em novembro de 2022 com uma trégua com o governo federal para encerrar a guerra de dois anos que deixou milhares de mortos.

As forças de Amhara lutaram ao lado do Exército etíope nesse conflito.

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