A Conferência Episcopal Portuguesa manifestou sua “proximidade orante e solidária” às “famílias enlutadas e à comunidade ismaelita” após o ataque que aconteceu ontem (28) no Centro Ismaili de Lisboa, que deixou duas mortes. Um homem, identificado como refugiado afegão, atacou com uma faca as pessoas no local.

O Centro Ismaili de Lisboa é um dos principais pontos religiosos e culturais da comunidade ismaelita em Portugal. Os ismaelitas são uma minoria muçulmana xiita, liderada pelo príncipe Karim Aga Khan. Há cerca de 15 milhões de ismaelitas no mundo, sendo que de 8 a 10 mil estão em Portugal.

Em junho de 2015, a sede mundial dos ismaelitas foi instalada em Lisboa. O Centro Ismaili era esta sede até 2020, quando foi transferida para o Palacete Leitão, na capital portuguesa.

Na manhã de ontem, por volta das 11h, um homem atacou pessoas no centro ismaelita com uma faca. Duas funcionárias do centro morreram e um homem ficou ferido. A polícia foi acionada e conseguiu deter o suspeito. Ele foi atingido por um disparo na perna e levado para o hospital. Ainda não se sabe o que motivou o ataque.

Em uma nota de seu secretariado geral divulgada pela Agência Ecclesia, a conferência dos bispos portuguesa manifestou “profunda consternação” pelo ocorrido, que classificou como “um ato chocante”. “Reafirmamos, nesta dolorosa ocasião, a importância que o diálogo entre as diferentes religiões assume na construção da paz e do bem comum de uma sociedade”.

O patriarca de Lisboa, cardeal Manuel Clemente, também lamentou “profundamente o trágico ataque” e expressou “sua dor e total solidariedade com a comunidade ismaelita e famílias das vítimas”.

Recordou também que “mantém com a comunidade ismaelita uma relação próxima e de permanente diálogo inter-religioso, como caminho para a construção da paz e de um mundo mais justo”.

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