O arcebispo emérito de Alepo dos greco-melquitas, dom Jean-Clément Jeanbart, desaparecido durante o terremoto de 7,8 graus que abalou a Síria e a Turquia na madrugada de segunda-feira (6), está bem e se recuperando em uma casa religiosa.

Esta informação foi confirmada pelo arcebispo sírio-católico de Aleppo, dom Denys Antoine Chahda.

“Dom Jeanbart é um grande amigo meu. Ele está vivo em uma casa religiosa”, disse Chahda à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

Dom Jean-Clément Jeanbart estava com o padre Imad Daher dentro da casa episcopal que desabou no terremoto. O padre, um leigo e uma família armênia morreram.

Mais de 11 mil pessoas morreram por causa do terremoto e seus tremores secundários na Turquia e na Síria, e outras 34 mil ficaram feridas,

Dom Chahda disse à ACI Prensa que “infelizmente foi um acontecimento terrível. Lamento muito a perda de um sacerdote greco-católico que morreu sob o telhado de um edifício, que caiu onde morava o bispo melquita dom Jean-Clément Jeanbart”.

Chahda disse que “as igrejas abriram para receber as vítimas e os salões paroquiais estão oferecendo comida, água”.

"Rezem por nós", pediu.

Além das milhares de vidas perdidas, o terremoto e seus tremores secundários deixaram graves danos em estruturas na Síria e na Turquia, dificultando a chegada de ajuda e restringindo o acesso a eletricidade, gasolina e alimentos.

Em comunicado divulgado ontem (7), o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, Tedros Adhanom, lamentou que "os números não nos falam sobre a situação perigosa que agora enfrentam muitas famílias que perderam tudo e são obrigadas a dormir ao ar livre no meio do inverno”.

“Agora é uma corrida contra o tempo. A cada minuto, a cada hora que passa, as chances de encontrar sobreviventes vivos diminuem", disse.

Adhanom afirmou que "os tremores secundários contínuos, as condições severas de inverno, os danos às estradas, fontes de energia, comunicações e outras infraestruturas continuam dificultando o acesso e outros esforços de busca e resgate".

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