O cardeal Gerhard Müller disse que o cardeal George Pell foi “o melhor teólogo do Conselho de Cardeais do papa Francisco e um bom conselheiro papal”. Müller, ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, falou ontem (18) em uma entrevista à EWTN.

 

Müller comentou sobre as proezas teológicas do cardeal australiano após a morte de Pell em Roma aos 81 anos no último dia 10.

 

“O Papa Francisco está cercado mais por políticos do que por bons teólogos. Acho que Pell foi o melhor conselheiro do Papa Francisco”, diz Müller. “Espero que tenhamos nele um bom intercessor no céu para todas as necessidades da Igreja e todos os desafios que temos”.

 

Pell foi membro do Conselho de Cardeais do papa Francisco, um grupo originalmente de nove cardeais estabelecido em setembro de 2013 para aconselhar o papa.

 

Müller, que morou no mesmo apartamento que Pell em Roma, notou a forte formação intelectual do cardeal em Oxford e seu conhecimento de teologia patrística e sistemática.

 

Após sua ordenação sacerdotal em 1966 em Roma, Pell obteve o diploma de licenciatura em teologia sagrada pela Pontifícia Universidade Urbaniana. Ele então fez seus estudos de doutorado na Universidade de Oxford e obteve um doutorado em 1971 em História da Igreja.

Pell “nos encontrou regularmente depois que voltou da Austrália, onde esteve de forma muito brutal, contra todas as evidências, condenado a seis anos de prisão e sofreu 400 dias ou mais na prisão, isolado”, diz Müller. “O cardeal testemunhou com sua vida e sua grande paciência a salvação em Jesus Cristo, porque Jesus Cristo nos redimiu com seu sofrimento na cruz; ele não protestou, não fez uma revolução com as armas”.

“Ele é uma testemunha e um exemplo muito bom para a vida cristã, na dimensão intelectual, mas também no sofrimento desta injustiça” de julgamento e prisão. Pell imitou Jesus Cristo e os apóstolos mártires são Pedro e são Paulo, disse Müller.

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