O papa Francisco recebeu hoje (14) no Vaticano os membros da rede italiana de farmacêuticos “Apoteca Natura” e os exortou a escolher entre a cultura do cuidado ou a “cultura do descarte e do consumismo”.

Francisco lembrou que "os povos indígenas deixaram uma rica herança de terapias naturais" e agradeceu aos presentes pela "forma criativa de fazer negócios e gerar emprego a partir de uma intuição totalmente ecológica".

O papa lamentou que "a figura do médico de família tenha quase desaparecido, existindo o risco de que, para privilegiar a 'excelência', seja negligenciada a boa qualidade dos serviços de saúde territoriais". "Ou que se tornem tão burocráticos e informatizados que as pessoas idosas ou com pouca formação sejam efetivamente excluídas ou marginalizadas", acrescentou.

Diante dessa situação, o papa disse que as farmácias “podem responder a uma necessidade real da população, compensando algumas carências”. “Pode ser resumido em duas palavras: harmonia e cuidado”, disse o papa.

Francisco afirmou que "a cultura do consumismo e do descarte caminham juntas" e, "depois, por outro lado, a cultura do cuidado".

“Devemos escolher. Não existe outra possibilidade para ir adiante. Hoje, não podemos permanecer neutros”, disse Francisco.

"É necessária uma escolha, porque o grito da terra e o grito dos pobres pedem responsabilidade", afirmou.

Francisco disse que “a cultura do consumismo e do descarte é muito difundida e condiciona muitos dos nossos comportamentos diários, e assim também a cultura do cuidado se expressa em muitas pequenas e grandes escolhas, que cada um é chamado a fazer, dependendo da função que ocupa”.

O papa concluiu pedindo "uma economia centrada na pessoa e no bem comum".

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