O papa Francisco confirmou sua intenção de visitar a Coreia do Norte caso receba um convite oficial.

Em entrevista à emissora estatal sul-coreana KBS, Francisco também falou sobre a guerra e o desarmamento internacional.

“Se os recursos não fossem usados ​​para produzir armas em um ano, com eles o problema da fome no mundo poderia ser resolvido”, disse o papa Francisco durante a entrevista.

Ele encorajou a população sul-coreana a “trabalhar pela paz” e confiou suas orações “para que Deus esteja com o povo coreano, tanto na Coreia do Norte quanto na Coreia do Sul”.

A entrevista aconteceu poucos dias antes da criação do cardeal Yoo Heung-sik, o quarto cardeal coreano, que será amanhã (27), no Vaticano.

Embora seja a primeira vez que o próprio papa Francisco fala sobre ir à Coreia do Norte, a Santa Sé já mostrou a intenção do papa em 2018.

O secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, afirmou que o papa Francisco "manifestou sua disponibilidade" de ir à Coreia do Norte "Uma vez que se começa a pensar seriamente na possibilidade desta viagem, evidentemente se deverá pensar, também deverão ser pedidas algumas condições para poder realizá-la”, disse Parolin. “Há disponibilidade para ir. O que acredito é que uma viagem deste gênero tem necessidade de uma séria preparação, de uma séria consideração”.

A península coreana é dividida pela fronteira mais fortificada do mundo desde que a guerra terminou em 1953. Vigora um cessar-fogo entre as duas partes em que o país se dividiu com a Guerra desde então. Nunca houve um tratado de paz.

A Constituição norte-coreana garante a liberdade de culto, mas na prática o governo decide o que pode e o que não pode ser feito nesta área.

A Coreia do Norte lidera há anos o ranking de países onde há maior perseguição religiosa.

Os cristãos enfrentam privação de liberdade, confinamento em campos de trabalho e, em alguns casos, a morte.

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