Treze associações oficiais da Ordem de Malta assinaram uma carta dirigida ao papa Francisco na qual mostram preocupação com o futuro da Ordem.

Na carta, enviada em 12 de agosto, os representantes da Ordem de Malta pedem ao papa Francisco que não seja feito o projeto de reforma que busca substituir a direção de mais de 13 mil membros pela de 36 cavaleiros da justiça.

Esta proposta está sendo liderada pelo cardeal Silvano Tomasi, escolhido pelo papa Francisco para liderar uma “renovação espiritual” dentro da Ordem.

“Como presidentes das Associações Nacionais da Ordem de Malta, representamos 90% do trabalho feito pela Ordem em todo o mundo. Escrevemos para você porque estamos profundamente preocupados com o futuro de nossa amada Ordem”, começa a carta.

Os representantes da Ordem explicam ainda que não acreditam que "seja possível que o trabalho de mais de 13 mil pessoas que estão trabalhando há muito tempo possa ser feito por menos de 40 pessoas que não têm a experiência nem a qualificação para liderar com responsabilidade uma organização dessa magnitude”.

Na carta, pedem ao papa Francisco que "permita que fra' John Dunlap, lugar-tenente do grão-mestre da Soberana Ordem Militar de Malta, juntamente com o governo eleito e seu delegado, reúna a Ordem e trabalhe com todos os seus membros de boa fé para determinar a estrutura canônica mais adequada para a Ordem de Malta”.

O papa Francisco nomeou em 15 de junho fra’ John Dunlap como o novo lugar-tenente do grão-mestre da Ordem de Malta.

O comunicado da sala de imprensa da Santa Sé disse que “a decisão do Santo Padre de nomear um membro eleito para o atual Conselho Soberano expressa o desejo e a necessidade de assegurar um espírito de continuidade e comunhão fraterna no governo da Ordem”.

Espera-se que no final de agosto e início de setembro, o papa convoque uma reunião do Grupo de Trabalho Conjunto para novas comunicações sobre a próxima celebração do Capítulo Geral Extraordinário.

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