Dom Rolando Álvarez, bispo de Matagalpa, Nicarágua está desde 4 de agosto com cinco padres, dois seminaristas e dois leigos cercado pela polícia que os impede de sair da cúria diocesana. “Depois de 14 dias de sequestro, eles não receberam alimentos, remédios, roupas ou produtos de higiene”, disse a página de Facebook da Diocese Media – Radio Stereo Santa Lucia.

Dom Álvarez não participou da missa de ontem (17), que foi celebrada por monsenhor Oscar Escoto, vigário-geral da diocese de Matagalpa. Ele teve que consagrar metade de uma hóstia. Depois, “partiu-a e comungou com uma partícula mínima”.

Dom Álvarez foi visto mais tarde na transmissão do terço diário na cúria diocesana.

Desde 2018, quando houve grandes protestos contra o governo em todo o país, o presidente Daniel Ortega, ex-guerrilheiro de esquerda, persegue a Igreja.

O Ministério Público nicaraguense pede 90 dias de prisão para o padre Oscar Benavidez, que foi preso no domingo (14).

Segundo o jornal La Prensa, ainda não há acusação formal contra o padre, mas ele está detido na Diretoria de Assistência Judiciária (DAJ).

Dois outros padres, Sebastián López e Vicente Martin, da Paróquia Santa Lucía, foram transferidos para outro local para garantir sua segurança e evitar sua prisão arbitrária.

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A Paróquia Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Las Calabazas, também na diocese de Matagalpa, denunciou que na tarde de 15 de agosto “agentes da Polícia Nacional foram do lado de fora da paróquia e ali ficaram enquanto o padre Salvador López, pároco de nossa igreja, celebrou a santa missa”.

No domingo (14), a polícia da Nicarágua também impediu dois padres de comparecerem à catedral de Matagalpa para receber a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima.

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