O papa Francisco exortou os juízes a imitarem o exemplo do beato Rosario Livatino, juiz morto pela máfia em 1990.

Ao receber hoje (8) os membros do Conselho Superior da Magistratura no Vaticano, o papa desejou que "o beato Rosario Livatino, o primeiro juiz beato da história da Igreja, possa ser uma ajuda e um consolo para vocês".

"Na dialética entre o rigor e a coerência, por um lado, e a humanidade, por outro, Livatino havia traçado sua ideia de serviço na magistratura, pensando em mulheres e homens capazes de caminhar com a história e na sociedade, dentro da qual não só juízes, mas todos os agentes do pacto social são chamados a fazer seu trabalho de acordo com a justiça", disse o papa.

Francisco citou as palavras do juiz mártir: "quando morrermos, ninguém virá nos perguntar o quanto éramos crentes, mas quanta credibilidade tínhamos". Livatino "foi morto quando tinha apenas trinta e oito anos de idade, deixando-nos a força de seu testemunho de credibilidade, mas também a clareza de uma ideia da Magistratura à qual devemos aspirar", disse o papa.

"A justiça deve sempre acompanhar a busca da paz, que pressupõe a verdade e a liberdade", disse Francisco. "Que o sentido de justiça esteja alimentado pela solidariedade com os que são vítimas de injustiça, assim como pelo desejo de ver a realização de um reino de justiça e de paz”.

Por fim, Francisco disse que "a credibilidade do testemunho, o amor pela justiça, a autoridade, a independência de outros poderes constituídos e um leal pluralismo de posições são os antídotos para impedir que prevaleçam as influências políticas, as ineficácias e as várias desonestidades".

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