A paróquia da Virgen de la Paloma, em Madri, informou que entrará na justiça civil para conhecer as causas da explosão que no dia 20 de janeiro de 2021 destruiu quatro andares de um edifício de sua propriedade, deixou quatro mortos e muitos danos materiais aos vizinhos.

“Nós mantemos a nossa firme disposição de saber o que aconteceu e por que aconteceu e reclamaremos as responsabilidades derivadas por dois motivos: para saber a verdade e assim evitar que volte a acontecer a outras pessoas em qualquer outra parte da Espanha”, disse um porta-voz da paróquia, que fica na rua Toledo 98, no centro da capital espanhola.

“Ficou claro que o vazamento de gás estava do lado de fora, mas não se indagou as possíveis causas nem foram investigadas as ações ou possíveis omissões de Naturgy e do Canal de Isabel II”, continuou a mensagem enviada a ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI.

Por isso, o porta-voz afirmou que irá “reclamar por via civil a suposta ação negligente de ambas empresas fornecedoras e exerceremos nossos direitos por esta via seguindo os prazos devidos”.

Dexia Abogados, escritório dedicado exclusivamente ao direito penal em Madri, diz que a responsabilidade civil é a obrigação de responder por atos praticados pessoalmente ou por outras pessoas sobre as quais se tem controle ou autoridade, quando esses atos são prejudiciais. A resposta costuma ser uma indenização econômica.

O anúncio da paróquia Virgen de la Paloma vem depois que o Tribunal Provincial de Madri indeferiu o recurso interposto em junho passado por todas as partes para continuar investigando a explosão.

“No despacho que nos enviaram neste Natal, desestima-se qualquer procedimento pela via penal, e se valida aquela instrução inicial que durou apenas quatro semanas e se limitou a constatar a inocência dos mortos e a correta instalação por parte da paróquia de la Paloma”, acrescentou o porta-voz.

O edifício paroquial afetado tinha os salões e os quartos dos padres da paróquia da Virgen de la Paloma.

Quatro pessoas morreram na explosão: o padre Rubén Pérez Ayala, o paroquiano e amigo do padre Rubén, David Santos, e dois homens que passavam em frente ao prédio no momento da explosão, Javier e Stefko.

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