Com os votos do Partido Socialista (PSOE), Esquerra Republicana de Catalunya (ERC) e Esquerda Unida-iniciativa per Catalunya Verds (IU-ICV), foi vetado no Congresso dos Deputados o projeto que favoreceria às mães com filhos menores de três anos e que por diversos motivos não podem trabalhar fora de casa, dando-lhes um pagamento de cem euros mensais.

A iniciativa, apresentada pelo Partido Popular (PP) e Convergència i Unió (CiU), propunha estender a redução de cem euros mensais, da qual gozam as mães com0 emprego, a todas as mulheres com filhos menores de três anos.

O debate ocorreu na Comissão Mista dos Direitos da Mulher e Igualdade de Oportunidades. Os grupos de esquerda argumentaram que as medidas de conciliação trabalhista e familiar "devem incluir-se em um marco normativo mais amplo como a futura Lei de Igualdade que prepara o Governo", ou dentro da Mesa de Diálogo Social; este último não é compartilhado pelo PP nem o CiU.

Mercè Pigem, porta-voz do CiU, afirmou que universalizar esta prestação ajudará a "suportar o custo que sustenta uma família ao ter um filho". Acrescentou que embora isso possa supor "uma quantia importante para o Estado", a medida é "um investimento nas famílias".

Advertiu que este veto "deixa de fora outras mães que não trabalham porque não encontram emprego, entre outros casos, e não recebem por isso a ajuda mensal de cem euros". Pigem lembrou que a ajuda às mães que trabalham foi passada durante o Governo do PP, a fim de evitar que as mulheres se afastassem do mundo do trabalho.

Por sua vez, o Fórum libertas indicou que a atitude dos grupos de esquerda "constata o descuido institucional no fomento da família", além de marginalizar "essas outras mães que, além de não perceber um salário, devem arcar com os gastos próprios que gera o nascimento de um novo bebê".