Domenico Giani, que até o dia 14 de outubro era Comandante da Gendarmaria do Vaticano e encarregado da segurança do Papa, recebeu na quarta-feira, 30, o titulo de Cavaleiro da Grande Cruz da Ordem Piana, a mais alta condecoração que a Santa Sé confere aos leigos.

“Às 10h30 desta quarta-feira, durante uma cerimônia no Palácio do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, o ex-Comandante do Corpo de Gendarmaria, Domenico Giani, recebeu o título de Cavaleiro da Grande Cruz da Ordem Piana, a maior honorificência reservada a um leigo pela Santa Sé”, assinala uma nota enviada aos jornalistas por parte de Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa do Vaticano.

“A condecoração foi concedida, em nome do Santo Padre, por Sua Eminência o Cardeal Giuseppe Bertello, Presidente do Governatorato, na presença do Substituto da Secretaria de Estado, Dom Edgar Peña Parra, do Secretário da Governatorato, Dom Fernando Vérgez Alzaga, do novo Comandante do Corpo da Gendarmaria, Gianluca Gauzzi Broccoletti, e do Vice-Comandante, Davide Giuliettiti”, prossegue o texto.

Durante a cerimônia, o Cardeal Bertello expressou seu apreço pelo trabalho desenvolvido por Domenico Giani “e a gratidão do Santo Padre, do Governatorato e da Secretaria de Estado pelos longos anos de serviço fiel prestado à Igreja e ao Sucessor de Pedro”.

A renúncia de Giani se deu, segundo comunicado de imprensa divulgado pelo Vaticano, devido ao fato de que em “2 de outubro alguns meios de comunicação publicaram uma Disposição de Serviço confidencial” assinala por ele “relativa aos efeitos de algumas limitações administrativas dispostas ao pessoal da Santa Sé”.

O comunicado se referia ao memorando interno publicado pelo jornal italiano ‘L’Espresso’ sobre a situação de cinco funcionários do Vaticano após a busca realizada em escritórios da Secretaria de Estado no dia 1º de outubro.

Além disso, ressaltava-se que “o comandante não tem nenhuma responsabilidade pessoal no desenvolvimento dos acontecimentos” e que a renúncia se devia ao fato de que o vazamento da ordem “prejudicou seriamente a dignidade das pessoas envolvidas e a imagem da Gendarmaria”.

Gauzzi e Giulietti foram nomeados dias depois da renúncia de Giani.

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